1. O teto da Capela Sistina
Quando falamos em Michelangelo, um trabalho que instantaneamente vem à mente é o seu deslumbrante afresco pintado no teto da Capela Sistina, na Cidade do Vaticano. Encomendado pelo Papa Júlio II e criado entre 1508 e 1512, este trabalho, que descreve nove histórias do Livro de Gênesis, é considerado uma das maiores obras do Alto Renascimento.
Aparentemente, Michelangelo relutou em empreender este projeto porque ele acreditava ser melhor escultor do que pintor, mas ele obviamente estava sendo muito modesto, pois este trabalho continua a encantar com cerca de 5 milhões de pessoas que visitam a Capela Sistina todos os anos para ver essa magnífica obra-prima.
2. David
A escultura David é possivelmente a mais famosa do mundo. Foi esculpida ao longo de três anos, começando quando o artista tinha apenas 26 anos de idade. Ao contrário de muitas representações anteriores do herói bíblico que retratam David triunfante após sua intensa batalha com Golias, a escultura de Michelangelo mostra-o em uma posição tensa e alerta antes de sua luta lendária.
Originalmente posicionado na Piazza della Signoria, em Florença, em 1504, a escultura de 4 metros foi transferida para a Galleria dell'Accademia em 1873, onde permanece até hoje.
3. Baco
A primeira escultura em grande escala de Michelangelo, Baco, é, ao lado de Pietà, uma das poucas que sobreviveram desde seus primeiros dias em Roma. É também um dos poucos trabalhos que ele fez com foco nos pagãos, em vez de assuntos cristãos.
A estátua que retrata o deus romano do vinho em estado de embriaguez, foi originalmente encomendada pelo cardeal Raffaele Riario, mas ele a rejeitou. No entanto, no início do século 16, a obra encontrou um lar no jardim do palácio romano do banqueiro Jacopo Galli.
Desde 1871, Baco reside no Museo Nazionale del Bargello, em Florença, e é exibido ao lado de outras obras do mestre, incluindo seu busto Brutus e sua escultura inacabada, David-Apollo.
4. Madona de Bruges
Esta foi a única escultura de Michelangelo que saiu da Itália durante sua vida; foi doada para sua atual residência, Onze-Lieve-Vrouwekerk (Igreja de Nossa Senhora), em Bruges, em 1514, depois que os Mouscrons - uma família de comerciantes de tecidos belgas - compraram a obra em algum momento do início do século XVI.
Em duas ocasiões, a escultura foi removida da igreja, primeiro durante as Guerras Revolucionárias Francesas, posteriormente devolvida em 1815, e logo depois saqueada novamente por soldados nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
5. O Tormento de Santo Antônio
O Museu de Arte Kimbell, no Texas, tem a honra de possuir o Tormento de Santo Antônio - a primeira pintura conhecida de Michelangelo - que teria sido pintada quando o artista tinha apenas 12 ou 13 anos de idade.
Criado sob a tutela de seu velho amigo Francesco Granacci, este quadro foi citado por artistas e escritores do século XVI - Giorgio Vasari e Ascanio Condivi - primeiros biógrafos de Michelangelo - como uma obra realizada que embelezou criativamente a gravura original de Schongauer, e alcançou amplo reconhecimento
6. Tondo Doni
Esta é a única pintura de painel sobrevivente feita por Michelangelo. Foi feita para o rico banqueiro florentino Agnolo Doni, que provavelmente comemoraria seu casamento com sua esposa Maddalena, filha da proeminente família nobre da Toscana, a Strozzia.
Ainda em sua moldura original - uma bela peça de madeira ornamentada e projetada também por Michelangelo - a obra reside na Galleria degli Uffizi desde 1635, e é a única pintura de Michelangelo que pode ser encontrada em Florença, na Itália.
7. Moisés
Localizado na deslumbrante Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma, Moisés foi originalmente encomendada em 1505, pelo Papa Júlio II, como parte de seu monumento funerário, mas não foi concluída até depois de sua morte.
Esculpida em mármore, esta escultura é notável pela inclusão de um par de chifres na cabeça de Moisés – o que acredita-se ser o resultado de uma interpretação literal da Vulgata, uma tradução latina da Bíblia - e foi feita para ser acompanhada por outras obras, incluindo o Escravo Morrendo e Escravo Rebelde, alojados no Louvre, em Paris.
8. A crucificação de São Pedro
Este foi o afresco final que Michelangelo pintou durante sua vida. Ele reside na Cappella Paolina do Palácio do Vaticano e foi originalmente encomendado pelo Papa Paulo III, em 1541.
Em contraste com muitas outras representações do santo da era renascentista, o trabalho de Michelangelo se concentra em um assunto muito mais sombrio - sua morte.
Um projeto de restauração iniciado em 2004, de cerca de 12 milhões de reais, durou cinco anos e revela um aspecto muito interessante do afresco: os pesquisadores agora acreditam que uma figura vestida de turbante azul no canto superior esquerdo da pintura é, na verdade, o próprio artista. Se correta essa teoria, essa pintura seria o único autorretrato de Michelangelo de que se tem notícia.
As 10 Maiores Obras-Primas do Renascimento
O Renascimento foi um importante movimento cultural que surgiu aproximadamente no século 14 e seguiu até o século 17. Este período teve alguns dos maiores artistas da história da humanidade, incluindo Leonardo Da Vinci e Michelangelo Buonarroti. Abaixo estão dez das pinturas mais famosas deste movimento extremamente significativo do desenvolvimento artístico, histórico, cultural e até científico.
10. O Nascimento de Vênus, de Sandro Boticelli - Ano: 1484–1486
Esta linda obra descreve o mito clássico de Vênus, a deusa do amor, saindo do mar. Nesta pintura, ela surge nascida de uma concha como uma mulher já madura chegando à praia. Estudiosos de arte deram muitas interpretações à pintura, e uma das mais proeminentes é que Botticelli representou a ideia neoplatônica do amor divino na forma nua de Vênus. Até hoje, esta é uma das obras mais preciosas do Renascimento.
9. A Assunção da Virgem, de Ticiano - Ano: 1518
Situada no altar-mor na Basílica de Santa Maria Gloriosa dei Frari, foi a primeira obra de Ticiano em Veneza, que o consolidou como o principal pintor da cidade. A pintura mostra a "assunção da virgem", que é comemorada todos os anos no dia 15 de agosto, e comemora o nascimento de Maria para o céu antes de seu corpo decair. Na pintura, a virgem Maria está sendo elevada aos céus por um grupo de querubins, enquanto está de pé sobre uma nuvem. Esta é a maior obra-prima de Ticiano.
8. Madona Sistina, de Rafael - Ano: 1512
Esta obra mostra a Madonna segurando Jesus ainda bebê, flanqueada por Santa Bárbara e São Sisto. Além disso, há dois querubins abaixo dela, que são talvez os querubins mais famosos retratados em qualquer obra de arte. A Madona Sistina é considerada uma das melhores pinturas já criadas em toda a história da arte, e é especialmente popular na Alemanha, onde foi saudada como "suprema entre todas as pinturas do mundo".
7. Primavera, de Sandro Botticelli - Ano: 1482
Esta bela obra retrata a estação da primavera, e muitas vezes é referida como ‘Alegoria da Primavera’. Há muitas interpretações sobre a pintura, mas é geralmente dita que, em algum nível, é “uma elaborada alegoria mitológica da crescente fertilidade em todo o mundo”. Esta é uma das pinturas que tem o maior número de estudos a respeito, e uma das mais controversas também. O uso das cores escolhidas por Botticelli e as múltiplas interpretações do seu trabalho tornaram a obra extremamente popular e é citada frequentemente como um exemplo principal da benevolência da arte do renascimento.
6. O Juízo Final, de Michelangelo – Ano: 1541
Esta obra tem uma enorme influência na arte ocidental. Está na parede do altar da Capela Sistina do Vaticano, mostra a Segunda vinda de Cristo, e o julgamento final e eterno de Deus sobre toda a humanidade. Jesus está bem no centro da obra, cercado por diversos santos. Um pouco abaixo, a obra mostra a ressurreição dos mortos, e mais abaixo, a descida dos malditos ao inferno.
5. O Beijo de Judas, de Giotto di Bondone - Ano: 1306
Muitos críticos de arte consideram Giotto como o primeiro grande gênio da pintura, e alguns até alegam que ninguém conseguiu superá-lo. Esta também é uma das obras-primas da arte ocidental mais famosas do Renascimento, mostrando o momento da traição de Judas, quando ele mostra Jesus aos soldados e o cumprimenta com um beijo. Giotto capta magistralmente o drama e a tensão da prisão de Cristo, bem como o contraste das expressões de Judas e Jesus ao se olharem cara a cara.
4. Escola de Atenas, de Rafael - Ano: 1511
A obra-prima de Rafael é um dos quatro afrescos feitos pelo artista que estão no Palácio Apostólico do Vaticano. Abrange quatro linhas do conhecimento: poesia, filosofia, teologia e leis, e a Escola de Atenas representa o campo da filosofia. Críticos de arte sugeriram que cada grande filósofo grego está na pintura, mas, embora seja possível identificar Platão e Aristóteles, outros não foram identificados. Esta obra é considerada “a encarnação perfeita do espírito clássico da Alta Renascença”.
3. A Última Ceia, de Leonardo da Vinci - Ano: 1498
Nesta famosa pintura, da Vinci retrata magistralmente a perplexidade e a confusão que ocorre entre os discípulos de Jesus, quando ele anuncia a todos que, um dia, um deles iria traí-lo. O conhecimento detalhado de Da Vinci sobre luz, anatomia, botânica e geologia, além de seu interesse em como os seres humanos registram emoção em expressões e gestos, e sua sutil graduação nos tons, tornam esta pintura uma das obras mais reverenciadas de todos os tempos.
2. A Criação de Adão, de Michelangelo Buonarroti - Ano: 1512
O trabalho feito por Michelangelo no teto da Capela Sistina é outro marco do Renascimento, e A Criação de Adão é o afresco mais famoso, cuja popularidade só fica em segundo lugar após a Mona Lisa. Ao lado d’A Última Ceia, é uma das pinturas mais replicadas da história. A famosa imagem em que Adão toca a mão de Deus virou um ícone na humanidade, e foi imitada e até parodiada muitas vezes.
1. Mona Lisa, de Leonardo da Vinci - Ano: 1517
A Mona Lisa é a obra mais conhecida e visitada em todo o mundo. Já foi estudada por milhares de críticos e acadêmicos, e é a imagem artística mais parodiada de todos os tempos. Sua fama está no sorriso misterioso da personagem. Para da Vinci, a obra foi um trabalho nunca finalizado, pois ele queria atingir a perfeição máxima nela. Está no livro de recordes do Guinness como a obra de arte que tem o seguro mais caro do mundo. Em 1962, valia 100 milhões de dólares (cerca de 300 milhões de reais), e hoje está estimada em 759 milhões (mais de 2,3 bilhões de reais).
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