A pesca da sardinha esteve proibida entre outubro de 2017 e 20 de maio deste ano
A GNR apreendeu, na Lota de Peniche, 660 quilogramas de sardinhas, pescadas acima do limite diário de captura imposto às embarcações, foi hoje anunciado, uma semana depois de a pesca àquela espécie ter sido autorizada.
Os militares do Subdestacamento de Controlo Costeiro de Peniche "detetaram no cais de descarga sardinha capturada irregularmente por ter sido excedido o limite diário de captura, no âmbito de uma fiscalização dirigida às atividades de pesca profissional, armazenamento e comercialização de pescado", refere o comunicado da GNR.
Após ser submetido a inspeção higiossanitária, o pescado apreendido foi doado a instituições de solidariedade social do concelho, no distrito de Leiria.
A embarcação incorre em perda de pontos na licença de pesca, que podem levar à suspensão ou proibição da atividade, e a uma multa entre os 250 e os 25.000 euros.
A pesca da sardinha esteve proibida entre outubro de 2017 e 20 de maio deste ano.
Até 31 de julho, os pescadores portugueses poderão capturar um total de 4.855 toneladas, com limites de capturas diárias, medidas de proteção dos juvenis e uma monitorização permanente da pescaria.
Até ao final deste ano, Portugal e Espanha podem pescar até 14.600 toneladas de sardinha, cabendo 9.709 toneladas a Portugal (66,7%) e 4.891 a Espanha (33,5%).
As capturas de sardinha pelas 16 organizações de produtores (OP) aumentaram 7,9% em 2017, enquanto o volume de descargas de pescado pelas OP do continente caiu 13% face a 2016, revelou hoje o INE.
As estatísticas da pesca de 2017, divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que o decréscimo no volume de descargas de pescado pelas OP é reflexo da menor descarga de cavala (menos 38,7%), de carapau (menos 19,7%) e de verdinho (menos 10,7%), e que, pelo contrário, as capturas de sardinha pelas OP aumentaram 7,9% no ano passado, face a 2016.
No ano passado, a captura de peixes marinhos caiu 3,9%, em relação a 2016, contribuindo para a queda a menor captura de cavala (menos 30,4%) e de carapau (menos 4,8%) e pescada (menos 24,6%),
"Para a redução da cavala não terá sido alheia a cessação temporária da atividade da frota do cerco, aliada à orientação para a captura de espécies mais valorizadas, como por exemplo o biqueirão", explica o INE.
Consequentemente verificou-se um aumento do valor em 4,1%, comparativamente a 2016, em grande parte pelo peso que espécies mais valorizadas assumiram no total de pescado capturado.
No entanto, o INE diz que, para algumas espécies, houve um "aumento significativo" da captura em 2017, caso dos atuns (mais 58,4%) e do biqueirão (mais 30,3%).
Da análise às descargas com origem nas embarcações aderentes, o INE identificou a pesca do cerco como o segmento mais representativo daquelas estruturas, mantendo-se no ano passado a cavala, o carapau e a sardinha como as principais espécies em volume de pescado descarregado.
"Corresponderam, respetivamente, a 72,9% da cavala, 78% do carapau e 98,1% da sardinha descarregados em portos nacionais em 2017", informa o instituto.
Tal como em anos anteriores, a gestão da pesca da sardinha durante 2017 passou pela interdição da atividade nos primeiros meses do ano e pelo estabelecimento de um limite de capturas para a pesca desta espécie, pela arte de cerco, em Portugal continental, aplicável ao longo do resto do ano 2017.
O volume total das capturas de sardinha pelas diversas artes ascendeu a 14.557 toneladas, mais 1.044 toneladas do que em 2016, ou mais 7,7%.
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