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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

14 de Setembro de 1812: Napoleão Bonaparte entra em Moscovo. A cidade é incendiada pelos russos.

 

No dia 24 de Junho de 1812, o chamado "Grande Exército" do imperador Napoleão I atravessou o rio Niemen e forçou as fronteiras do império do czar Alexandre I. As tropas napoleónicas, reforçadas por cerca de 700 mil combatentes, penetraram sem dificuldades no interior da Rússia até Moscovo. Contudo, diante da resistência moscovita e da recusa da Rússia em negociar, Napoleão ordenaria a retirada. Esta operação mostrou-se desastrosa devido ao rigor do Inverno e à falta de abastecimento e apoio logístico. Em 30 de Dezembro, o exército, reduzido a cerca de 50 mil homens, cruzaria o Niemen de volta.


Após a rejeição por parte do czar Alexandre I do Bloqueio Continental proposto por Napoleão, o imperador francês ordena que o seu Grande Armée, a maior força militar até então reunida, preparasse a invasão da Rússia. O enorme exército incluía tropas de todos os países europeus sob o domínio do império francês.


Durante os primeiros meses da invasão, Napoleão foi forçado a combater contra um aguerrido exército russo em constante recuo. Recusando-se a confrontar-se com todo o seu potencial perante as forças de Napoleão, as tropas russas sob o comando do general Mikhail Kutuzov aplicava a estratégia de terra arrasada, queimando tudo à medida que recuava cada vez mais profundamente em território russo. Em 7 de Setembro, travou-se a inconclusa batalha de Borodino em que ambas as partes sofreram terríveis baixas. No dia 14 de Setembro, Napoleão chega às portas de Moscovo na esperança de lá encontrar os suprimentos de que necessitava crucialmente. Porém, ao investir, encontrou a cidade com quase toda a população evacuada e o exército russo novamente a recuar. Os criminosos foram libertados das prisões para complicar o avanço francês. Além disso, o governador, o conde Fyodor Rostopchin, ordenou que a cidade fosse incendiada. Alexandre I recusou-se a capitular, e as conversações de paz iniciadas por Napoleão falharam. 

Depois de esperar um mês pela rendição, que nunca aconteceu, Napoleão, deparando-se com a chegada do intenso Inverno russo, viu-se obrigado a ordenar que o seu famélico e exausto exército deixasse Moscovo em retirada.

Durante a desastrosa retirada, o exército de Napoleão sofreu um contínuo assédio de um repentinamente agressivo e impiedoso exército russo. Acossado pela fome e pelas investidas mortais dos cossacos, o dizimado exército alcança as margens do rio Berezina, no final de Novembro, mas vê o seu caminho bloqueado pelas tropas russas. Em 27 de Novembro, forçou a passagem pelo rio Studenka ("gelado", em russo) e, quando o grosso do exército atravessou o rio dois dias depois, foi obrigado a queimar as pontes provisórias atrás de si, abandonando à sua própria sorte cerca de 10 mil soldados perdidos no outro lado do rio.


A partir dali, a retirada tornou-se praticamente uma fuga. Em 8 de Dezembro, Napoleão permitiu que o que restou do seu exército retornasse a Paris. Seis dias mais tarde, finalmente o Grande Armée escapou da Rússia, tendo sofrido uma perda de mais de 600 mil homens durante a desastrosa invasão.


Fontes:Opera Mundi
wikipedia (imagens)
O exército de Napoleão em Moscovo 
A retirada de Napoleão de Moscovo - Adolph Northen 

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