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sábado, 16 de setembro de 2017

A greve da enfermagem e a agitação miguelista



A necessidade de criar ruído sobre as notícias que chegam no campo económico levam esta direita ao desespero e à insensatez.
Os mesmos partidos que destruíram as carreiras médicas e de enfermagem são hoje os instigadores da contestação dos enfermeiros, atirados para uma greve selvagem, ilegal e imoral, onde acabarão por ser vítimas.
Nem todas as greves são legítimas e nem todas as reivindicações são realistas. A greve dos enfermeiros foi convocada pelas televisões e, pasme-se, assumiu a sua liderança a… bastonária, a enfermeira que declarou conhecer vários casos de eutanásia praticada por médicos e acabou a dar o dito por não dito, e não distingue a Ordem dos sindicatos.
As televisões fizeram o frete à direita, ao serviço de quem se encontram, com a greve de enfermeiros, à semelhança do que fizeram com as manifestações dos colégios, a cheirar a incenso e orientadas das sacristias, exibindo permanentemente as roupinhas amarelas. Precisavam da greve, agora que se lhe acabaram os incêndios.
Esta greve ilegal não cumpriu sequer os serviços mínimos a que legalmente é obrigada, para não falar da ética, dignidade profissional e respeito pela vida humana.
Hoje mesmo, um amigo meu do foro da oncologia, com metástases disseminadas, foi ao CHUC a fazer uma TAC para a decisão terapêutica urgente. A ausência de enfermeiros impediu o exame que, segundo julgo, no caso da oncologia, é considerado um serviço mínimo que a lei exige. E que não foi assegurado.
A surpresa e indignação com a afirmação de um partido com que simpatizo, ao afirmar que esta greve é «justíssima», colide com a exigência de duplicação dos vencimentos, a realização da greve enquanto o sindicato negociava com o Governo e que, envolvido na onda provocada pelas televisões, acabou a envolver-se no movimento que a bastonária dirige.
Digam-me honestamente se é ser de esquerda, exigir uma duplicação dos vencimentos, num país onde uma sábia e honrada gestão dos recursos tem tirado o País do fosso onde a direita o enterrou.
Esta greve tem um vago cheiro à dos camionistas do Chile, no tempo de Allende, mas são diferentes os tempos e a latitude. Sou contra esta greve laranja, apesar de reconhecer e saber bem quanto mal o governo PSD/CDS fez ao SNS e aos profissionais de saúde.
Muitos enfermeiros não sabem! Não sabem, sequer, que o PSD e o CDS votaram contra a criação do SNS.

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