Nunca ouvi um alentejano cantar sozinho
com egoísmo de fonte.
Quando sente voos na garganta
desce ao caminho,
da solidão do seu monte,
e canta
em coro com a família do vizinho.
Não me parece pois necessária
outra razão
- ou desejo
de arrancar o sol do chão -
para explicar
a reforma agrária
no Alentejo.
É apenas uma certa maneira de cantar.
José Gomes Ferreira
Quadro de Flávio Horta (tinta da china e Posca branca sobre papel)
Carlos Fonseca in facebook
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