O PCP mostrou-se hoje preocupado com a situação de seca que Portugal atravessa, exigindo que o Governo intervenha de "imediato" para conhecer as consequências que o problema está a provocar.
"Nós estamos muito preocupados com o desenvolvimento das condições climatéricas e consideramos necessário que, no imediato, o Governo intervenha para conhecer quais são as consequências que a seca está a ter", disse João Frazão, da Comissão Política do Comité Central do PCP, em declarações à agência Lusa.
João Frazão, que falava em Elvas, no distrito de Portalegre, sobre a problemática da seca e do setor agrícola, disse que há "necessidade de intervir de imediato" para evitar a morte de animais e que os preços dos alimentos para os animais se tornem "incomportáveis".
Nesse sentido, o dirigente comunista defendeu a criação de uma "linha de prevenção, de articulação e planificação" com os produtores para assegurar que estes têm condições para continuar a produzir nas suas explorações agrícolas.
"Uma atenção que o Governo tem de ter de imediato passa também por não se verificarem desperdícios de água e que se tomem medidas que garantam o abastecimento às populações e agricultores", acrescentou.
João Frazão referiu-se ainda a outro problema vivido pelos produtores pecuários, situados em zonas menos povoadas, uma vez que foi permitido enterrar nas suas explorações agrícolas cadáveres de animais, sendo desnecessário acionar o Sistema de Recolha de Cadáveres de Animais Mortos na Exploração (SIRCA).
"Isto coloca dois tipos de problema: o primeiro é de saúde pública e o outro são os custos que isto trás para os agricultores, pois quando acionam o SIRCA pagam 30 euros pela remoção dos cadáveres e ao serem eles a enterrar o animal (inferior a 48 meses de idade) têm de contratar uma máquina e tem um custo muito significativo, na ordem dos 100 euros", lamentou.
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