Até quatro anos atrás, o Rio Celeste, um rio de 14 quilômetros na província de Alajuela, era um completo mistério para os cientistas, que não conseguiam entender por que suas águas tinham uma cor turquesa incomum. As teorias sobre a cor turquesa do Rio Celeste estiveram circulando na comunidade científica há anos, mas ninguém jamais conseguiu fornecer provas suficientes para resolver este enigma natural. E então eles perceberam que não era turquesa.
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Alguns alegaram que a coloração incomum era causada por altos níveis de cobre, mas os testes revelaram que não havia cobre na água, outros disseram que era devido a produtos químicos como carbonato de cálcio e enxofre, e alguns até o conectaram à proximidade do rio com o vulcão Tenório. Todos estavam tão convencidos de que uma misteriosa reação química estava transformando a turquesa da água que nunca pensaram na possibilidade de uma ilusão de óptica.
Então, em 2013, uma equipe de cientistas da Universidade da Costa Rica e da Universidade Nacional, pegou amostras de água tanto do Rio Celeste quanto de seus dois afluentes, Riacho Amargo e Buena Vista. A primeira coisa que chamou a atenção dos cientistas foi que, enquanto as águas do Rio Celeste eram uma turquesa vibrante, as amostras coletadas em seus tubos de ensaio eram completamente transparentes.
Para entender completamente o mistério do Rio Celeste, é importante saber que os dois rios que convergem para criar este fascinante corpo de água, são completamente transparentes, e a análise não revela reações químicas não usuais. O que é ainda mais interessante é que o Rio Celeste é apenas turquesa em um trecho de 14 km, após o qual suas águas se tornam transparentes.
Como os testes não revelaram produtos químicos incomuns na água, e tendo em mente que a água só apareceu turquesa no leito do rio, cientistas da Costa Rica começaram a considerar a possibilidade de uma ilusão de óptica. Eles notaram uma camada de uma substância esbranquiçada que cobria todas as rochas no fundo do Rio Celeste, e também verificaram seus dois afluentes. O Amargo tinha quantidades muito pequenas, quase insignificantes, mas era abundante na água de Buena Vista.
Analisando a substância com microscópio eletrônico em laboratórios, os cientistas determinaram que era um tipo de mineral composto de alumínio, silício e oxigênio, chamado aluminossilicato, que quando suspenso na água refletia a luz solar e enganava o olho humano para ver a água turquesa.
- "A luz solar contém todo o espectro de cores, semelhante à forma como os vemos todas em um arco-íris. Em qualquer outro rio, a luz solar penetra até uma certa profundidade e nenhuma cor particular é desviada ou refletida de volta à superfície, de modo que parece transparente, enquanto no Rio Celeste a água passa alguns raios do Sol, mas reflete o grupo de tons azulados. Então, a água parece azul para o olho humano", informou o jornal Costa Rica Star.
- "A luz solar contém todo o espectro de cores, semelhante à forma como os vemos todas em um arco-íris. Em qualquer outro rio, a luz solar penetra até uma certa profundidade e nenhuma cor particular é desviada ou refletida de volta à superfície, de modo que parece transparente, enquanto no Rio Celeste a água passa alguns raios do Sol, mas reflete o grupo de tons azulados. Então, a água parece azul para o olho humano", informou o jornal Costa Rica Star.
No entanto, havia apenas um quebra-cabeça para resolver. Se o Rio Buena Vista também tivesse uma abundância de aluminossilicato, como é que sua água parecia completamente transparente, enquanto o Rio Celeste parecia ser turquesa? Descobriram então uma questão de tamanho de partícula.
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Ao analisar amostras de ambos os corpos de água, os cientistas perceberam que as partículas de aluminossilicato do Buena Vista mediam 184 nanômetros, enquanto as do Rio Celeste eram muito maiores, 566 nm.
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- "Esse aumento de tamanho é o que causa a dispersão da luz solar, de modo que ocorre principalmente na região azul do espectro visível. Então, é por isso que temos essa cor azul clara espetacular do Rio Celeste", explicou Max Chavarria Vargas, líder da pesquisa científica sobre as águas turquesas do Rio Celeste. - "É uma dessas peculiaridades da natureza, onde um dos rios fornece material mineral de um tamanho e o outro rio fornece o ambiente ácido para que essas partículas cresçam."
Curiosamente, o fenômeno do Rio Celeste é único no mundo.
Curiosamente, o fenômeno do Rio Celeste é único no mundo.
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