O sindicatos dos trabalhadores não docentes difundiu um pré-aviso de greve para permitir a participação na manifestação marcada para hoje em Lisboa.
Segundo disse Artur Sequeira, da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, a contabilização exata das escolas não está a ser feita porque o pré-aviso de greve se destina especificamente a permitir a deslocação e participação destes trabalhadores na manifestação nacional.
"Não estamos a fazer nenhuma contagem de escolas pois o pré-aviso de greve é para a deslocação. (...) Tenho a indicação de que há centenas de escolas fechadas, mas não temos uma contagem, pois não era um pré-aviso para encerrar escolas, apesar de muitas encerrarem. Os funcionários para virem à concentração têm de faltar", explicou.
Centenas de trabalhadores não docentes são esperados nesta manifestação, que decorre a partir das 14:00 em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa, e serve para reivindicar a integração de precários e mais funcionários nas escolas.
"Há muitas escolas encerradas (...), não vai atingir o número de escolas que encerrou na greve de dia 03 de fevereiro porque essa aí era uma greve para encerrar escolas e esta não, era é uma greve para a manifestação", reconheceu Artur Sequeira, sublinhando: "Não deixamos de valorizar as pessoas que não foram trabalhar porque é também uma forma de protesto".
A estrutura sindical reclama a integração por via excecional, sem concurso, de cerca de 2.000 funcionários que reúnem as condições para a vinculação aos quadros do Estado, de acordo com a informação prestada à agência Lusa pelo coordenador para a área da educação, Artur Sequeira, na altura da apresentação da iniciativa, no início do mês.
Segundo a mesma fonte, há ainda trabalhadores recrutados sazonalmente nos centros de emprego, para um ano letivo, e que asseguram necessidades permanentes nas escolas e outros contratados à hora, por menos de três euros, "em especial para tratarem de alunos com dificuldades cognitivas".
No local da manifestação será depois aprovada uma resolução para entregar ao ministério.
A federação queixa-se de falta de resposta do ministério a um caderno reivindicativo que entregou em fevereiro e que, além desta questão, inclui uma nova portaria de rácios que tenha em conta o tipo de escola e a localização e não apenas os números de alunos e de funcionários.
Os trabalhadores não docentes pretendem também negociar carreiras especiais e assegurar que não ficam na tutela das autarquias, ao abrigo de um processo de descentralização que contestam.
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