Quatro horas de reunião de Câmara em Faro, das quais grande parte dedicada à revisão das contas autárquicas, não foram suficientes para aprovar uma revisão ao orçamento municipal deste ano.
Não obstante, tudo indica que a aprovação da revisão orçamental irá receber luz verde à semelhança do que aconteceu em 2016, assim se disponibilizaram PS e CDU para viabilizar uma revisão orçamental naquilo que ambos os partidos consideram ser a cooperação que tem pautado as reuniões de executivo camarário durante este mandato.
Recorde-se que como o POSTAL noticiou, em reunião de Câmara recente a proposta da Câmara e a proposta conjunta de PS e CDU foram chumbadas.
Votação de propostas da Câmara e da CDU adiada
Entretanto as propostas que hoje foram a votação na tentativa de serem aprovadas, a do executivo liderado por Rogério Bacalhau e a da CDU que aceitando os termos daquela lhe acrescentava alterações, foram sujeitas a adiamento.
Só a 26 de Abril se levará a votação uma proposta integrando as propostas de todos os partidos com assento em reunião de Câmara e que seja compatível com as exigências legais em termos de revisão orçamental. Até lá oposição e serviços da Câmara trabalharão a proposta final.
Todos os partidos estarão então, salvo alteração das actuais posições expressadas na reunião de hoje à tarde em Faro, em condições de viabilizar a alteração orçamental que fará entrar para as contas do município um reforço de cerca 8,4 milhões de euros, que engloba o saldo de gerência do ano passado e cerca de 400 mil euros de retroactivos de impostos cobrados pelo Estado.
Adiamento envia execução de obras para as calendas
Como resultado dos adiamentos, as obras previstas no Faro Requalifica II (em grande parte) e as previstas no Faro Requalifica III, são remetidas em termos de execução par depois das eleições.
Mesmo que a Câmara pague a dívida do Plano de Reequilíbrio Financeiro, como querem todos os partidos e sucessivamente insistiram PS e CDU, a 16 de Maio, só a partir dessa data se poderão lançar concursos para as obras em questão e só cerca de seis meses depois se verá trabalho no terreno, isto é já depois de 1 de Outubro, data das eleições autárquicas.
Quem ganhará com sucessivos adiamentos dos trabalhos, só de pois das eleições e contados os votos se verá, entretanto, até lá serão as mesmas arma de arremesso político quase certo durante a campanha das autárquicas e veremos quem sai beneficiado na noite eleitoral.
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