Associação de diretores e escolas públicas refere as consequências para os alunos, principalmente para os que têm exames
As escolas públicas vão encerrar as 12 de maio devido à tolerância de ponto dada pelo governo no âmbito da visita do Papa Francisco a Fátima. A Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas salienta as consequências desta decisão, já que os alunos vão perder um dia de aulas no terceiro período do ano letivo, que já é por si só "muito curto".
O presidente da associação, Filinto Lima, afirmou ao DN que ainda não recebeu nenhuma orientação do ministério da Educação, mas lembra que a tolerância de ponto significa uma paragem: "Tudo o que é público estará encerrado".
O dirigente realçou que os mais prejudicados serão os alunos do 9º e do 12º ano, pois têm exames e "as aulas acabam muito cedo este ano". Para estes alunos, as aulas acabam a 6 de junho, assim como para os estudantes do 11º ano.
"É evidente, mesmo os professores não estando à espera, têm mecanismos e procedimentos para ultrapassar este constrangimento", continuou o presidente.
"O terceiro período é muito curto", afirmou Filinto Lima. O responsável explica que o último período - que começou a 19 de abril - tem apenas 33 dias úteis, o que é "menos de metade do que o 1º e o 2º período". É de referir também os feriados dos meses de abril e maio.
"Nós temos dito desde há uns tempos que os períodos letivos deviam ser semestrais", afirmou Filinto Lima. "Se assim fosse, esta novidade não causava qualquer constrangimento".
Ainda assim, o dirigente da associação compreende que se trate de uma situação pontual e sob circunstâncias únicas, devido à visita do Papa.
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