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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

SE O CDS QUISER....QUE APAREÇA ! - O QUE ELES ANDAM (QUEREM) PREPARAR E O MEDO QUE ELES TÊEM DO SACANA DO PORTAS - PSD propõe plataforma de diálogo com o PS... sem o CDS



PSD propõe plataforma de diálogo com o PS... sem o CDS


António Costa diz estabelecer acordos com o PSD antes das eleições não é "normal nem saudável".
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PSD propõe plataforma de diálogo com o PS... sem o CDS
 FOTO ALBERTO FRIAS

O PSD propôs esta segunda-feira, num encontro com a nova 
direção do PS, liderada por António Costa, a criação de uma 
"plataforma de diálogo permanente" entre os dois partidos 
"que fixasse uma agenda comum e que permitisse 
imediatamente iniciar um trabalho de fixação de objectivos e 
de uma estratégia relativamente ao futuro do país". 
A iniciativa, que Costa recusou, foi revelada pelo 
vice-presidente do PSD, Marco António Costa, que adiantou 
ainda que o CDS,p arceiro de coligação dos 
sociais-democratas, não está 
incluído na proposta para essa plataforma estratégica.
Questionado pelos jornalistas na sede do PSD, no final da 
reunião com a delegação socialista, o número dois 
social-democrata 
confirmou que a iniciativa que apresentou seria apenas 
"com o PSD e o PS". Quanto a outros partidos, poderiam 
aderir se quisessem. 
"Essa matéria objectivamente é alargada a todos os que 
quisessem participar nesse diálogo", admitiu Marco António, 
dando um sinal de 
abertura que coloca ao mesmo nível o CDS ou quaisquer 
outros partidos.
Entre a agenda que gostaria de ver discutida a dois nessa 
plataforma, o vice de Passos Coelho deu como exemplo as 
reformas do 
Estado e da Segurança Social, do sistema político e da lei 
eleitoral, bem como as políticas de incentivo à natalidade.
O certo é que quaisquer que fossem os contornos da 
plataforma proposta pelo PSD, recebeu o não do lado do PS. 
António Costa, 
também em declarações à comunicação social no final do 
encontro, recusou claramente a hipótese de acordos com os
 sociais-democratas antes das eleições legislativas.
"Nem normal nem saudável", diz Costa
Entendimentos
para depois das eleições, sim; antes, não, reafirmou o 
secretário-geral do PS. Respondendo ao desafio que 
Cavaco Silva voltou a lançar para acordos partidários durante 
os últimos meses da legislatura, António Costa considerou 
que esse
 tipo de entendimentos nesta fase não seria "normal nem 
saudável".
"O que é importante é haver uma convergência do ponto de 
vista da estratégia, porque o País precisa de encontrar 
um novo rumo", defendeu Costa, que apresentou aos 
sociais-democratas, nesta reunião de cumprimentos, a sua 
Agenda
 Para a Década. Para o PS, é necessário um entendimento 
sobre grandes opções a dez anos. Porém, frisou, "limitar a 
procura 
de acordos a situações de natureza conjuntural, ou 
relativamente àquilo que são as opções que os portugueses 
vão ter de fazer em 
liberdade nas eleições, prcurando subtrair à escolha dos 
portugueses, por via de um acordo partidário antecipado 
aquilo que devem ser os portugueses a escolher, não me parece normal nem 
me parece saudável", ressalvou Costa.
O secretário-geral socialista fez o elogio da "possibilidade de 
diálogo entre todos os partidos" e lamentou, como algo "muito negativo", 
o "nível de crispação" que tem existido na política portuguesa. 
Mas apontou sempre para o diálogo do ponto de vista estratégico, a 
longo prazo, e não no imediato ou em políticas concretas.
Atitude que levou o vice-presidente do PSD a criticar a 
"fuga absoluta do PS ao diálogo no imediato". "O PS tem 
medo de se comprometer com questões concretas, só quer 
discutir no abstrato", acusou Marco António Costa.


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