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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ajudas a Portugal e Grécia foram para resgatar bancos alemães e franceses - As ajudas externas a Portugal e à Grécia foram na realidade um resgate aos bancos franceses e alemães, considera um ex-conselheiro de Durão Barroso na Comissão Europeia. Para Philippe Legrain, a tentativa de salvar a banca alemã e francesa foi o que provocou a crise do euro.

11-05-2014 às 13:15   actualizada às 17:44
Ajudas a Portugal e Grécia foram para resgatar bancos alemães e franceses

Ajudas a Portugal e Grécia foram para resgatar bancos alemães e franceses

As ajudas externas a Portugal e à Grécia foram na realidade um resgate aos bancos franceses e alemães, considera um ex-conselheiro de Durão Barroso na Comissão Europeia. Para Philippe Legrain, a tentativa de salvar a banca alemã e francesa foi o que provocou a crise do euro.

Em entrevista ao jornal Público, Legrain – que trabalhou com Durão Barroso até Fevereiro - afirma que a banca dominou o poder político dos países da União Europeia, que preferiu salvar os bancos com consequências muito graves para as finanças públicas.
«O sector bancário dominou os Governos dos países e as instituições da zona euro», por isso «quando a crise financeira rebentou, foram todos a correr salvar os bancos, sobretudo franceses e alemães, com condições muito severas para as finanças públicas», salienta Legrain, considerando que «foi isso que provocou a crise do euro».
Legrain diz ainda que os cortes salariais no sul da Europa foi uma medida errada, que só agravou a recessão e levou ao aumento da dívida.
Exemplifica com os fabricantes portugueses de calçado, que contrariaram a política de cortes e salários baixos e conseguiram chegar ao topo do mercado mundial.
 «A decisão de emprestar dinheiro a uma Grécia insolvente transformou de repente os maus empréstimos privados dos bancos em obrigações entre Governos», ou seja, «o que começou por ser uma crise bancária que deveria ter unido a Europa nos esforços para limitar os bancos, acabou por se transformar numa crise da dívida que dividiu a Europa entre países credores e países devedores», frisou.
«Podemos vê-lo claramente em Portugal: a troika, que desempenhou um papel quase colonial, imperial, e sem qualquer controlo democrático, não agiu no interesse europeu mas, de facto, no interesse dos credores de Portugal. E pior que tudo, impondo as políticas erradas. Já é mau demais ter-se um patrão imperial porque não tem base democrática, mas é pior ainda quando este patrão lhe impõe o caminho errado» sublinhou.
Para Legrain, Portugal está mais endividado que antes por causa do programa, e a dívida privada não caiu. Portugal está mesmo em pior estado do que estava no início do programa, diz.

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