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terça-feira, 2 de julho de 2013

Passos admite surpresa com a demissão de Portas mas não «abandona» o país O primeiro ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, admitiu que ficou surpreso com a demissão de Paulo Portas. Mesmo assim, pelo país, não se vai demitir.

Passos admite surpresa com a demissão de Portas mas não «abandona» o país


Passos admite surpresa com a demissão de Portas mas não «abandona» o país

O primeiro ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, admitiu que ficou surpreso com a demissão de Paulo Portas. Mesmo assim, pelo país, não se vai demitir.

«O país foi surpreendido pela demissão de Paulo Portas. Eu próprio tenho de manifestar a minha surpresa. Os acontecimentos de hoje eram impensáveis», afirmou Passos Coelho na sua comunicação ao país, que considerou a provável crise política fatal para Portugal.
«A ameaça de crise política significaria dois anos deitados por terra», defendeu.
Para evitar o caos, Passos Coelho revelou que não pediu ao Presidente da República, Cavaco Silva, a exoneração do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros («Seria precipitado aceitar esse pedido de demissão», defendeu), acrescentando que irá, nas próximas horas, procurar junto do CDS a necessária estabilidade política para o país.
«Isso significa que assumo como minha a missão de esclarecer todas as condições de apoio político junto dos partidos que suportam o Governo. Nas próximas horas procurarei junto do CDS clarificar e garantir todas as condições de estabilidade para o Governo e para o país para superar esta crise nacional. Procurarei garantir todas as condições de estabilidade. Saberemos ultrapassar as divergências», defendeu.
«Não depende apenas da minha vontade resolver definitivamente este problema, mas ambos os partidos têm a obrigação de não desiludir o país. Em conjunto, teremos de esclarecer o sentido do pedido de demissão do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros no contexto mais amplo possível: no contexto do nosso projeto comum e dos perigos que conseguimos evitar.»
Passos Coelho afirmou ainda que não se demite por razões de honra.
«Comigo o país não escolherá um colapso político, económico e social. Há muito trabalho pela frente. O país está primeiro. Os tempos não exigem menos do que isto (…) Não me demito, não abandono o meu país.»

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