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terça-feira, 2 de julho de 2013

Governo Passagem de testemunho de Gaspar acertada há semanas O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, havia já acertado a data de saída do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, há semanas, bem como decidido o nome da secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, para herdar a pasta, avança a edição desta terça-feira do Diário de Notícias. Aliás, tanto o Eurogrupo como o Ecofin estavam já a par da remodelação governamental.

Governo 

Passagem de testemunho de Gaspar acertada há semanas
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, havia já acertado a data de saída do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, há semanas, bem como decidido o nome da secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque, para herdar a pasta, avança a edição desta terça-feira do Diário de Notícias. Aliás, tanto o Eurogrupo como o Ecofin estavam já a par da remodelação governamental.
Passagem de testemunho de Gaspar acertada há semanas
DR
POLÍTICA
A demissão do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, formalizada ontem, a muitos terá surpreendido. À semelhança da sua substituição no cargo pela até aqui secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque.
No entanto, há semanas que esta dança de cadeiras estava decidida, com o devido conhecimento das partes envolvidas, sendo que, inclusivamente, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, informara já os ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) e da zona euro (Eurogrupo) acerca da passagem de testemunho de Gaspar a Albuquerque, adianta a edição de hoje do Diário de Notícias.
Refira-se que o nome do ministro da Saúde, Paulo Macedo, chegou a ser avançado como provável substituto do responsável pela pasta das Finanças. Mas essa informação não circulou mais do que cerca de meia hora, uma vez que a Presidência da República tornaria oficial através do seu site que, afinal, seria a agora ex-secretária de Estado a desempenhar as funções deixadas orfãs por Gaspar.
Não obstante, Macedo terá sido efectivamente sondado, porém, recusou a missão que Passos gostaria de lhe ver imputada.
Ao mesmo tempo, segundo o Diário de Notícias, o facto de Gaspar ter aprovado, por assim dizer, a divulgação da notícia, na passada sexta-feira, que dava conta da desconfiança da troika face à capacidade do Governo de levar a bom porto os cortes de 4,7 mil milhões na despesa do Estado, constituiu já um sinal de que o seu adeus estaria para muito breve.
Saliente-se ainda que o acordo com os professores por parte do ministro da Educação, Nuno Crato, o desconforto em relação ao ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS, Paulo Portas, ou o escândalo dos ‘swaps’ terão sido as gotas de água para que a saída do governante adquirisse um carácter “inadiável”, como o próprio classificou numa carta enviada ao primeiro-ministro, por sinal, também ontem divulgada.
Aliás, será caso para dizer que à terceira foi mesmo de vez, tendo em conta que o agora ex-ministro tinha solicitado já a sua exoneração por outras duas ocasiões, tendo-lhe sido pedido que ficasse por forma a assegurar o Orçamento Rectificativo e a concluir a sétima avaliação da troika ao programa de ajustamento português.
Por outro lado, quase todas as opiniões auscultadas convergem num ponto: Portas será aquele que mais lucrará com a demissão de Gaspar. Além de ter sido ‘promovido’ a número dois do Executivo, sagra-se vencedor de um já longo braço-de-ferro, e isto, em vésperas do congresso do partido que dirige.
Resta acrescentar que as reacções à saída do polémico ministro não se fizeram esperar: Se o PS exige eleições antecipadas, em uníssono com toda a oposição, os parceiros internacionais não poupam elogios à performance de Gaspar ao longo destes dois anos.
A nova ministra das Finanças será empossada esta tarde pelo Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, numa cerimónia que está agendada para as 17h00.

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