É sempre cómica a forma como o jornalismo português transforma um fascista vermelho num grande democrata. Ontem, uma jornalista até disse que "Cunhal sempre lutou por um partido livre e transparente". Um sujeito ouve isto e fica a pensar "mas ainda há células do PCP nas redações?". Meus amigos, Cunhal lutou toda a sua vida contra a democracia.Cunhal tinha uma concepção totalitária da política: só compreendia a linguagem da força, só aceitava um regime de partido único (o dele) e toda a sociedade, dos romances aos tampos das sanitas, tinha de obedecer a um plano central (o de Moscovo). Por outras palavras, Cunhal era fascista.
Antes de 1974, Cunhal fez a vida negra às oposições democráticas, porque o PCP não queria uma transição para a democracia. É ler Norton de Matos, Eduardo Lourenço, Sophia, Sousa Tavares, Alçada Baptista, Bénard, Cunha Leal. Todas estas figuras contestaram, ao mesmo tempo, Salazar e Cunhal. Nos anos 50, Cunha Leal e Norton de Matos afirmaram que Cunhal era pior do que Salazar. No final dos anos 60, Eduardo Lourenço declarou que a oposição democrática não podia dançar o tango com a oposição autoritária (o PCP), porque Cunhal era uma fotocópia de Salazar. Moral da história? Durante o Estado Novo, o grande alvo do PCP não foi Salazar, mas a restante oposição. Daí nasceu esta guerra civil entre as esquerdas (tornada explícita em 1975) e a ditadura intelectual do PCP junto dos meios jornalísticos e intelectuais. Algo que ainda perdura em reportagens que cantam loas a Cunhal em 2012.
Depois do 25 de Abril, Cunhal continuou a lutar contra a democracia. Em actos e palavras, Cunhal foi claro: Portugal não podia caminhar no sentido democrático. É por isso que o líder do PCP sempre desprezou os actos eleitorais. Cunhal passava a vida a dizer que a sua "maioria política" era mais importante do que as "maiorias aritméticas" das urnas. Ou seja, a violência da rua e dos militares do PCP eram mais importantes do que o respeito pelos processos democráticos. Em 2012, os jornais e TV estão cheias de pessoas a dizer que "ora, ora, com tanta manif na rua, o governo perdeu a legitimidade e deve cair". O fascismo de Cunhal continua vivinho da silva.
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2 comentários:
Tenho muito a lamentar que as suas observações é k são fascizantes... tenho muito a lamentar que não tenha estudado bem a História de Portugal antes e pós a revolução dos cravos.. E tenho muita pena que este texto seja só para lamber o cú ao seu patrão.. pois o sr. deve ser daqueles que se não escrever na linha ideológica da sua entidade patronal vai ouvir"Próximo!" - e estará no olho da rua num instante.. enho pena que não compreenda que isto não é jornalismo.. é um vómito de anti-comunismo!! tenha respeito por quem lutou e deu a vida para que hoje possa escrever tudo isso que escreveu!! Para que não tenha de olhar por cima do seu ombro sem sentir medo por algum pensamento um tanto contrário ao que seria esperado na época.. tantas vidas perdidas para que se desse o 25 de abril.. tenha respeito ao menos pela História do nosso País, por ter havido homens e mulheres capazes de terem lutado por uma sociedade mais justa, mais fraterna com mais justiças sociais. Na altura deu-se um passo largo,hoje só com a nossa luta diária é que podemos ser capazes de não andar passos para trás.. pois este governo está a acabar com todos os direitos conquistados e que estão inclusivé na nossa Constituição da República.. Aconselho-o seriamente a ler a nossa Constituição.
Como é possível haver fascistas ainda desta envergadura? Só me apetece dizer! Morte a todos estes filhos da puta, antes que eles nos matem a nós!
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