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domingo, 9 de dezembro de 2012


Desenrascar amigos em crise. Esbanjar impostos.

mais bela arvore natal moura lisboa euros
Afinal, o investimento da Câmara de Lisboa nos festejos natalícios não se fica pelos 250 mil eurosatribuídos à União de Associações de Comércio e Serviços (UACS) para iluminar as ruas da capital, conforme foi anunciado.
Sem o conhecimento dos vereadores da oposição, a autarquia contratou bens e serviços, sem concurso público e através de uma empresa municipal, no valor de 229.637 euros para a execução da árvore de Natal no Terreiro do Paço – o que faz disparar os gastos totais para cerca de 479 mil euros. 

Os contornos da despesa, porém, não são claros. 
A Câmara contratou a Egeac, uma empresa para contratar outras... 9! 
Desta forma rende, ajudam-se mais empresas amigas e dá-se uso a muitos mais impostos. Além do mais os funcionários da câmara, descansam.

E desta forma, vários contratos divididos por várias empresas, permite que nenhuma ultrapasse os 75 mil euros, livrando-se de ir a concurso público, e da concorrência, que poderia fazer preços mais baixos. 
Os ajustes directos impedem as empresas honestas e desconhecidas de poderem singrar neste país onde a democracia é uma miragem, e a livre concorrência uma vitima, há muito sufocada pela corrupção. 

Segundo o seu presidente, Miguel Honrado, a Egeac "não tem a ver directamente com o projecto", no qual desempenha um papel "puramente administrativo" que consiste na adjudicação dos contratos.

O preço total da árvore, descrita como sendo "interactiva", é a soma do valor dos 9 ajustes directos.
  1. A maior parcela, 74 mil euros, vai para a Robotarium. 
  2. A este montante somam-se 59.500 euros pagos pelo aluguer de equipamento de projecção de vídeo, luz e som. 
  3. A montagem da estrutura fica em 47.372 euros
  4. 4226 euros para a montagem e desmontagem da iluminação,
  5. 7500 para o revestimento da estrutura em madeira. 
  6. A produção dos vídeos que serão projectados na árvore custa 7000 euros, 
  7. a impressão de uma tela 10.430 euros, 
  8. a produção de telas e vinis 8450 
  9. e a "obtenção de um sistema de aplicação para a projecção de vídeo" 9785 euros
Como nenhum destes contratos excede os 75 mil euros, foi também aqui dispensado o concurso.
Mais de 2 milhões gastos em seis meses
Totalizam mais de dois milhões de euros os 118 ajustes directos efectuados nos últimos seis meses pela Egeac.
Quanto à Robotarium de Leonel Moura, já em 2009 a Câmara de Lisboa lhe tinha entregue 74 mil euros igualmente por ajuste directo, para pagar 45 oliveiras plantadas em estruturas de fibra e com rodas. O "jardim portátil", como lhe chamaram, começou por estar no Terreiro do Paço e foi transferido mais tarde para o Cais do Sodré. Há muito que as rodas encravaram, tornando a mobilidade das oliveiras praticamente impossível.
Jardim portátil sem garantia.
Artigo baseado e com extractos do original do Jornal O Público.

Não votem mais neles, pensem !

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