Concurso de recrutamento em Viseu chega a tribunal
Publicado hoje às 13:47
O Tribunal Administrativo de Viseu está a analisar um caso que acabou com a contratação da segunda classificada deste concurso, filha do vice-presidente da autarquia, após a primeira colocada não ter aceite as condições impostas pela câmara.
O caso relacionado com um concurso de recrutamento para técnico superior do serviços municipalizados de Viseu, onde a segunda classificada acabou por ser a escolhida, chegou ao tribunal administrativo da cidade.
Depois de um concurso feito no verão e que envolvia a contratação de um técnico superior licenciado em Direito, a candidata colocada no primeiro lugar, que tinha vínculo à Função Pública, não aceitou as condições impostas pela autarquia.
A câmara de Viseu entendeu que a candidata vencedora do concurso, que recebeu 17,56 valores, deveria assumir funções como se estivesse a iniciar a carreira na Função Pública.
A aceitação das condições implicava a redução do salário, o que não foi aceite pela candidata, que viu a autarquia considerar que desta forma a candidata se teria, assim desvinculado do concurso e por isso foi excluída deste.
O lugar acabou ocupado pela candidata que ficou na segunda posição, com 14,6 valores, que não tem vínculo à Função Pública e que é filha de Américo Nunes, vice-presidente da câmara de Viseu.
Em tribunal, a candidata preterida argumentou que a legislação é clara no sentido de previligiar na admissão de pessoal trabalhadores em mobilidade ou, na ausência destes, funcionários com vínculo ao Estado.
Contactado pela TSF, o vice-presidente da câmara de Viseu limitou-se a dizer que o processo é público e transparente e mostrou-se convicto de que o tribunal vai validar os argumentos do município.
Por seu lado, a candidata preterida neste concurso, jurista no Instituto Politécnico da cidade, não quis fazer qualquer comentário à situação.
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