O povo indígena mais ameaçado da Terra faz uma viagem sem precedentes à capital do Brasil
Survival International
Survival pelos povos indígenas
Adital
Muitos Awá ainda estão isolados, e eles estão fugindo para sobreviver
Assista ao vídeo.
‘Na cidade, sentimos a mesma insegurança que forasteiros sentem na floresta,’ diz Lâmina, um homem Awá. Mas as densas florestas da Amazônia que cobriam vastas áreas do nordeste do Brasil, praticamente desapareceram. Não para serem substituídas por cidades, mas por um terreno baldio de fazendas de gado aparentemente intermináveis. O remanescente dessas grandiosas florestas, algumas das mais antigas em todo o mundo, é onde os povos indígenas têm resistido ao avanço dos fazendeiros e madeireiros.
Isto é a história de uma tribo, os caçadores-coletores Awá, e sua relação extraordinária com a floresta. Uma história de resistência, de destruição, de esperança e, talvez, de sobrevivência.
Leia a reportagem na íntegra.
Muchos Awá aún están aislados; están huyendo para sobrevivir
7 noviembre 2012
Membros do povo indígena Awá realizam uma viagem sem precedentes a Brasília para instar ao país que expulse os invasores ilegais de suas terras. © SurvivalQuinze membros do povo indígena mais ameaçado da Terra viajaram, em um deslocamento sem precedentes, à capital do Brasil para instar o governo que expulse os invasores ilegais e que proteja suas terras.
A viagem dos Awá, que durou três dias, os levou em ônibus desde o relativo isolamento de sua casa na selva, no Estado do Maranhão até o centro de Brasília, a 2000km de distância.
A maioria deles visitava pela primeira vez a capital.
Os Awá viajaram para ver pessoalmente as autoridades governamentais depois que estas ignoraram repetidas vezes seus chamados diretos por ajuda, entre eles, uma campanha mundial de Survival Internacional que, até o momento, gerou mais de 41.000 e-mails de protesto.
Os indígenas protestaram ontem em frente ao Ministério da Justiça, o organismo responsável, em última instância por colocar fim à alarmante destruição de sua terra.
Estava previsto que se reunissem com o Ministro; porém, o encontro foi cancelado.
Os indígenas Awá, juntamente com membros de outros povos indígenas, reuniram-se por toda a semana com a Promotoria, com a Funai e com a Advocacia da União.
A viagem conta com o apoio do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), uma organização de direitos indígenas do Brasil.
O corte ilegal deixou os Awá, um povo constituído por 460 pessoas, cercados e incapazes de continuar vivendo como um dos últimos povos caçadores-recoletores do mundo.
Rodeados pelos colonos ilegais e sem poder manter seu modo de vida autossuficiente através da caça, eles estão ficando cada vez mais desesperados.
Segundo um recente relatório do centro de investigações Imazon, o território Awá perdeu mais selva do que nenhuma outra reserva indígena entre 2009 e 2011: 3.5% de sua extensão total.
Desde 1985, o corte ilegal destruiu 30% da selva em um dos quatro territórios Awá.
O desmatamento ilegal devastou mais de 30% de um dos territórios Awá desde 1985. © Survival
Os dados via satélite da agência de investigação espacial INPE também mostram que a reserva Arariboia (casa de uns 60 Awá isolados) é uma das três reservas indígenas que sofreram a poir taxa de queima por parte dos madeireiros nos meses de agosto e setembro.
Survival falou com um homem Awá, que disse: "Os madeireiros vão destruir toda essa zona. Estão cortando a madeira e vão destruir tudo. Os macacos, os porcos do mato estão fugindo. Não sei como vamos comer”.
Durante sua viagem a Brasília, os indígenas também protestarão contra um projeto de lei chamado Diretiva 303 que proíbe a expansão dos territórios indígenas.
O diretor de Survival International, Stephen Corry, declarou hoje: "Durante décadas os Awá sofreram a usurpação de suas terras em mãos de invasores sem piedade. Agora, com essa viagem a Brasília, estão se posicionando sobre o assunto e gritando para todo o mundo ouvir. È cada vez mais difícil para o governo brasileiro ignorar a indignação internacional pela invasão do território Awá; sua reputação está em jogo”.
‘Um homem tem o poder para parar os madeireiros: o Ministro da Justiça do Brasil.
Mas não é a prioridade dele. Vamos mudar isso’.Colin Firth
Os Awá isolados estão fugindo para salvar suas vidas conforme madeireiros, fazendeiros e colonos invadem a sua terra. Por favor, use a sua autoridade para remover os invasores e mantê-los fora da terra para sempre.Mas não é a prioridade dele. Vamos mudar isso’.Colin Firth
Assista ao vídeo.
‘Na cidade, sentimos a mesma insegurança que forasteiros sentem na floresta,’ diz Lâmina, um homem Awá. Mas as densas florestas da Amazônia que cobriam vastas áreas do nordeste do Brasil, praticamente desapareceram. Não para serem substituídas por cidades, mas por um terreno baldio de fazendas de gado aparentemente intermináveis. O remanescente dessas grandiosas florestas, algumas das mais antigas em todo o mundo, é onde os povos indígenas têm resistido ao avanço dos fazendeiros e madeireiros.
Isto é a história de uma tribo, os caçadores-coletores Awá, e sua relação extraordinária com a floresta. Uma história de resistência, de destruição, de esperança e, talvez, de sobrevivência.
Leia a reportagem na íntegra.
Muchos Awá aún están aislados; están huyendo para sobrevivir
7 noviembre 2012
Membros do povo indígena Awá realizam uma viagem sem precedentes a Brasília para instar ao país que expulse os invasores ilegais de suas terras. © SurvivalQuinze membros do povo indígena mais ameaçado da Terra viajaram, em um deslocamento sem precedentes, à capital do Brasil para instar o governo que expulse os invasores ilegais e que proteja suas terras.
A viagem dos Awá, que durou três dias, os levou em ônibus desde o relativo isolamento de sua casa na selva, no Estado do Maranhão até o centro de Brasília, a 2000km de distância.
A maioria deles visitava pela primeira vez a capital.
Os Awá viajaram para ver pessoalmente as autoridades governamentais depois que estas ignoraram repetidas vezes seus chamados diretos por ajuda, entre eles, uma campanha mundial de Survival Internacional que, até o momento, gerou mais de 41.000 e-mails de protesto.
Os indígenas protestaram ontem em frente ao Ministério da Justiça, o organismo responsável, em última instância por colocar fim à alarmante destruição de sua terra.
Estava previsto que se reunissem com o Ministro; porém, o encontro foi cancelado.
Os indígenas Awá, juntamente com membros de outros povos indígenas, reuniram-se por toda a semana com a Promotoria, com a Funai e com a Advocacia da União.
A viagem conta com o apoio do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), uma organização de direitos indígenas do Brasil.
O corte ilegal deixou os Awá, um povo constituído por 460 pessoas, cercados e incapazes de continuar vivendo como um dos últimos povos caçadores-recoletores do mundo.
Rodeados pelos colonos ilegais e sem poder manter seu modo de vida autossuficiente através da caça, eles estão ficando cada vez mais desesperados.
Segundo um recente relatório do centro de investigações Imazon, o território Awá perdeu mais selva do que nenhuma outra reserva indígena entre 2009 e 2011: 3.5% de sua extensão total.
Desde 1985, o corte ilegal destruiu 30% da selva em um dos quatro territórios Awá.
O desmatamento ilegal devastou mais de 30% de um dos territórios Awá desde 1985. © Survival
Os dados via satélite da agência de investigação espacial INPE também mostram que a reserva Arariboia (casa de uns 60 Awá isolados) é uma das três reservas indígenas que sofreram a poir taxa de queima por parte dos madeireiros nos meses de agosto e setembro.
Survival falou com um homem Awá, que disse: "Os madeireiros vão destruir toda essa zona. Estão cortando a madeira e vão destruir tudo. Os macacos, os porcos do mato estão fugindo. Não sei como vamos comer”.
Durante sua viagem a Brasília, os indígenas também protestarão contra um projeto de lei chamado Diretiva 303 que proíbe a expansão dos territórios indígenas.
O diretor de Survival International, Stephen Corry, declarou hoje: "Durante décadas os Awá sofreram a usurpação de suas terras em mãos de invasores sem piedade. Agora, com essa viagem a Brasília, estão se posicionando sobre o assunto e gritando para todo o mundo ouvir. È cada vez mais difícil para o governo brasileiro ignorar a indignação internacional pela invasão do território Awá; sua reputação está em jogo”.
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