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terça-feira, 20 de novembro de 2012



Vítor Gaspar – Grande, grande... era o Aleixo! *


Haveria mesmo necessidade de o ministro das Finanças fazer aquele número de variedades, anunciando a “passagem no exame” da troika? A patroa Merkel não tinha já anunciado exactamente o mesmo, dias antes?
Como é já do domínio público, não tenho ferramentas para analisar estes shows de Vítor Gaspar de um ponto de vista económico. A única coisa que sei é que mal tenho dinheiro para os “bilhetes” que o grande canastrão cobra.
Do ponto de vista do espectáculo, confesso que também não fico extasiado. A coisa é uma amálgama de filme de gangsters, terror e ficção científica... pouco científica mas, ostensivamente, muita ficção, com pretensões a grande produção escrita por um John Carpenter, com o dedo de  um Coppola e um toque de um Goerge Lucas, ou Spielberg... mas com os meios e os efeitos especiais do Georges Méliès, mas sem a criatividade... Méliès que, pelo menos, tem a desculpa de ter vivido mais tempo no século dezanove do que no século vinte, para justificar a infantil insipiência dos seus métodos e técnicas.
Tudo nos shows de Gaspar tem o bafio das coisas velhas, um ar de passado que deveria estar morto e enterrado, a mesquinhez de um crime de bandidos de vão de escada. Tudo nos seus discursos parece uma banda sonora estragada.
Como tudo o que já é muito mau pode ainda piorar (deve haver uma “Lei de Murphy” que diga isto), as medidas são depois explicadas e defendidas nos programas “populares” das televisões, por verdadeiras sarnas como os “Camilos Lourenços”, os “Duques”, os “Cantigas Esteves”... e seus derivados.
* Sei que pareço um ladrão
mas há muitos que eu conheço
que não parecendo o que são
são aquilo que eu pareço.
(António Aleixo – poeta popular)

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