Dá-lhes Angela, dá-lhes. Com força!!!
O que vale é que, apesar da dimensão da tragédia (a troca de mimos), ainda vamos tendo quem nos faça descer à terra. Como Angela Merkel, que ontem fez o favor de nos recordar que o programa de ajustamento é para cumprir.
O último fim-de-semana foi uma excelente oportunidade para os crentes, onde me incluo, caírem na real e perceberem o quão irresponsáveis somos. Não, não foi pelas manifestações. As manifestações, desde que não violentas, não são problema (embora gostasse que os manifestantes tivessem saído à rua quando os analistas começaram a alertar para onde nos levava o despesismo dos últimos anos...). Refiro-me à inqualificável troca de palavras entre os dois partidos da coligação, confirmando que o governo está a prazo.
O que vale é que, apesar da dimensão da tragédia (a troca de mimos), ainda vamos tendo quem nos faça descer à terra. ComoAngela Merkel, que ontem fez o favor de nos recordar que o programa de ajustamento é para cumprir. Aliás, vai sendo tempo de nós, portugueses, percebermos que estamos agarrados a um ventilador. E que o ventilador não é nosso. Ou fazemos o possível por começar a respirar pelos nossos meios, ou alguém desliga a máquina. Como ficou subentendido pelo "aviso" de Bruxelas sobre o OE de 2013...
A condicionalidade a que estamos sujeitos incomoda? Claro. Mas a chanceler que impôs, a custo, ao seu país a intervenção ilimitada do BCE no mercado de dívida (que não significa outra coisa senão mutualizar o risco) tem todo o direito de ficar incomodada quando uns pigmeus da periferia desatam a cuspir-lhe no prato... greek style. Mais: se estamos tão incomodados com a condicionalidade, quanto mais depressa pusermos a casa em ordem, melhor. Mais depressa sai de cá a Troika (embora suspeite que é melhor ela continuar por aqui). Até lá... "Dá-lhes Angela, dá-lhes. Com força!". Se não aprendem a bem, aprendem a mal.
camilolourenco@gmail.com
O que vale é que, apesar da dimensão da tragédia (a troca de mimos), ainda vamos tendo quem nos faça descer à terra. ComoAngela Merkel, que ontem fez o favor de nos recordar que o programa de ajustamento é para cumprir. Aliás, vai sendo tempo de nós, portugueses, percebermos que estamos agarrados a um ventilador. E que o ventilador não é nosso. Ou fazemos o possível por começar a respirar pelos nossos meios, ou alguém desliga a máquina. Como ficou subentendido pelo "aviso" de Bruxelas sobre o OE de 2013...
A condicionalidade a que estamos sujeitos incomoda? Claro. Mas a chanceler que impôs, a custo, ao seu país a intervenção ilimitada do BCE no mercado de dívida (que não significa outra coisa senão mutualizar o risco) tem todo o direito de ficar incomodada quando uns pigmeus da periferia desatam a cuspir-lhe no prato... greek style. Mais: se estamos tão incomodados com a condicionalidade, quanto mais depressa pusermos a casa em ordem, melhor. Mais depressa sai de cá a Troika (embora suspeite que é melhor ela continuar por aqui). Até lá... "Dá-lhes Angela, dá-lhes. Com força!". Se não aprendem a bem, aprendem a mal.
camilolourenco@gmail.com
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