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sexta-feira, 2 de novembro de 2012



ATENÇÃO Á INTOXICAÇÃO, TEXTO E VÍDEO

do blog Praça do Bocage


Cuidado com o que pensas, com o que lês, com o que fazes, com o que escolhes


Para que melhor se compreendam as diferenças e se veja de que lado está o ódio e a intransigência:




“Muitas vezes o Partido Comunista Português tem definido a sua posição em relação ao problema religioso, aos católicos e à Igreja. O Partido Comunista tem afirmado e reafirmado os seus princípios de respeito pela liberdade de crença e de prática de culto e o propósito de fazer tudo quanto estiver ao seu alcance para que tais princípios sejam uma realidade no Portugal democrático de amanhã.


O Partido Comunista, ainda que tendo como base teórica o materialismo dialéctico, entende que as convicções religiosas, por si só, não são susceptíveis de afastar os homens na realização de um programa social e político e que, desta forma, comunistas e católicos podem e devem unir-se em defesa dos seus anseios comuns, em defesa dos interesses e aspirações dos deserdados e ofendidos, do povo e do país.


O Partido Comunista tem assim proclamado a sua vontade de união com os católicos e, na prática da sua actividade, tem demonstrado a sinceridade das suas afirmações.


A esta nossa posição de concórdia, de entendimento, de unidade, que resposta têm dado os católicos? Aqui há que distinguir. Por um lado, os trabalhadores católicos, assim como muitos católicos progressistas, particularmente jovens, têm compreendido a necessidade desta união e têm engrossado a frente da luta pelo pão, pela liberdade, pelo progresso e pela independência.


Por outro lado, a Igreja Católica, pela boca dos seus mais autorizados representantes, como o Cardeal Cerejeira, altos dignitários e imprensa, longe de uma posição de concórdia e tolerância, têm tomado uma posição política clara, pregando o ódio aos comunistas e outros democratas e aconselhando o apoio ao salazarismo.


A Igreja intervém assim activamente na política, colocando-se ao lado da ditadura fascista contra as aspirações democráticas do povo português.


Altera isso a nossa posição em relação aos católicos? Não, não altera. Nós, comunistas, defensores do nosso povo e da nossa pátria, continuamos desejando sinceramente a unidade com os católicos progressistas na luta pela realização das nossas comuns aspirações…”

(…)
Álvaro Cunhal
…………………………………………………..
Texto publicado no jornal «Avante!» em 1947.
Reeditado pela Editorial Avante em 2007, nas Obras Escolhidas de Álvaro Cunhal – Tomo I, pp. 
789-812

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