18-12-2011
No empreendimento Vale do Lobo, há pela primeira vez há salários em atraso, e o número de unidades hoteleiras fechadas vai-se alargando, com uma previsão de quebras de 30% nas dormidas para o final do ano, denuncia o PCP.
Deitando mão a um “conjunto de exemplos” para ilustrar “o grave problema social que vai tomando conta da região”, o PCP garante que, no Hotel Montechoro há 3 meses de salários em atraso, na Quinta da Balaia os trabalhadores têm em falta 1 mês de ordenados, enquanto no Hotel Navegadores há “a intenção de despedir 25 trabalhadores, repetindo a situação do Club Med".
Em Vale de Lobo, além dos salários por pagar, “o clube desportivo viu o fornecimento de luz cortado por falta de pagamento”, referem também os comunistas, em comunicado da Direção da Organização Regional do Algarve (DORAL).
No setor produtivo, “a pressão sobre o sector da pesca por via das imposições comunitárias prossegue, com o rasto de destruição neste importante setor económico, agora através da política de quotas/concessões individuais transferíveis, uma verdadeira privatização do mar” , alerta o PCP/Algarve.
Na agricultura, a UNICA - Adega Cooperativa do Algarve, “está em estado de pré-falência”.
Entre outras questões, o documento da DORAL lembra que obras fundamentais para os algarvios, como seja a construção do novo hospital, “estão adiadas sem data”.
Neste contexto, “o aumento do IVA e a introdução de portagens na Via do Infante (A22) constituirão uma forte machadada nos micro e pequenos empresários, bem como acrescidos factores de pressão sobre a vida dos trabalhadores e das populações”.
A DORAL regista, por isso “o colaboracionismo dos órgãos de poder regional na concretização desse desiderato, bem como de estruturas empresariais e outras que, pela sua inacção, outra coisa não têm feito do que, objectivamente, contribuírem para que a introdução de portagens se torne realidade”.
“É uma cumplicidade que envolve PS, PSD, CDS-PP e o Presidente República Cavaco Silva para a concretização desse objectivo” alegam os comunistas.
Por iniciativa do PCP, no próximo dia 21/12 será discutido na Assembleia da República o decreto que as implementou. É mais uma oportunidade para derrotar a sua introdução e para os que dizem na região ser contra as portagens ali o afirmarem, apelam os comunistas do Algarve.
Observatório do Algarve
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