" P R E C E "
Ó morte vai buscar a raiva abençoada
Com que matas o mal e geras novos seres...
Ó morte vai de pressa e traz-me os poderes,
Que eu canso de viver, quero voltar ao nada.
Escorre-me da boca a voz que'inda murmura,
Arranca-me do peito o coração enxangue,
Que eu hei-de dar-te em troca os restos do meu sangue
Para o negro festim da tua fome escura...
Ó Santa que eu adoro, ó Virgem d' olhar triste,
Bendita sejas tu, ó morte inexorável,
Pelo mundo a chorar, desde que o mundo existe...
Dá-me do teu licor, quero beber a esmo...
Que eu vivo ao abandono e sou um miserável
Aos tombos pela Vida, em busca de mim mesmo!
Soneto de "José Duro"
Recolhido do livro "O Fel"
Ó morte vai buscar a raiva abençoada
Com que matas o mal e geras novos seres...
Ó morte vai de pressa e traz-me os poderes,
Que eu canso de viver, quero voltar ao nada.
Escorre-me da boca a voz que'inda murmura,
Arranca-me do peito o coração enxangue,
Que eu hei-de dar-te em troca os restos do meu sangue
Para o negro festim da tua fome escura...
Ó Santa que eu adoro, ó Virgem d' olhar triste,
Bendita sejas tu, ó morte inexorável,
Pelo mundo a chorar, desde que o mundo existe...
Dá-me do teu licor, quero beber a esmo...
Que eu vivo ao abandono e sou um miserável
Aos tombos pela Vida, em busca de mim mesmo!
Soneto de "José Duro"
Recolhido do livro "O Fel"
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