Depois de ler algumas notícias sobre a infinidade parola de pormenores do protocolo exigido na cerimónia de tomada de posse de Cavaco Silva, pormenores como: quem cumprimenta, quem chega primeiro, quem pode aplaudir, quantos jovens serão convocados, qual o bobo de serviço, etc., etc., ad nauseam... decidi renovar os meus votos de “Por mim, já ias à tua vidinha!”, com este texto seguramente pouco protocolar.
Hoje, poucas horas depois do momento em que escrevo, este traste tomará posse para um segundo mandato como Presidente da (pobre) República. A não serem descobertas provas irrefutáveis da ligação do espertalhaço a um, ou vários dos casos de trafulhices protagonizadas pelos seus amigos e protegidos, trafulhices a que o seu nome tem sido ligado, serão mais cinco anos de indigência política, de discursos patéticos, de manobrismo bacoco, sempre com foco num único interesse: a sua própria figura.
Este mandato terá, no entanto, uma novidade: a “coragem” presidencial. Uma injeção de “coragem” de fancaria, só possível pelo facto de já não estar em causa nenhuma futura eleição do cidadão Aníbal Cavaco Silva, nem para PR, nem para cargo algum... sendo esta, provavelmente, a única boa notícia em toda esta estória.
Seja como for, vinte e poucos por cento de portugueses votaram nele... e mandam as regras destas eleições e desta democracia que ele possa ocupar o lugar de Presidente... mesmo nessas condições.
Já vai tarde para fazer grandes discursos, para os quais não tem nem cultura nem dom de palavra. Já vai tarde para cometer grandes actos de Estado, para os quais não tem dimensão. Meu Presidente, nunca será! Meu, é apenas o embaraço de ter tal figura a representar Portugal.
Samuel Blog O Cantigueiro
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