O presidente do PSD volta escusar-se a comentar o caso das falsas presenças de José Silvano no plenário. Desta vez recorreu à língua alemã para não responder aos jornalistas portugueses. “Ich weiss nicht, was Sie sagen”, disse em Helsínquia
O caso das falsas presenças de José Silvano em plenário continua a não merecer comentários do presidente do PSD, que, para fugir ao assunto em Helsínquia, esta quinta-feira, dirigiu-se aos jornalistas portugueses em alemão.
Questionado sobre os últimos desenvolvimentos e o facto de a Procuradoria-Geral da República estar a analisar o caso, Rui Rio respondeu entre risos "Ich weiss nicht was Sie sagen", ou em português "não sei do que está a falar".
E perante a insistência dos jornalistas para que respondesse em português, recusou a mudar de idioma e a fazer qualquer comentário. "Não, de todo", respondeu em alemão, continuando a rir-se e em passo apressado.
Esta quarta-feira, o gabinete da procuradora-geral da República confirmou que se encontra a "analisar os elementos que têm vindo a público com vista a decidir se há algum procedimento a desencadear no âmbito das competências do Ministério Público".
A confirmação da PGR chegou no mesmo dia em que a agência Lusa revelou que José Silvano assinou a lista de presenças de uma reunião no Parlamento mas deixou a sala, sem sequer chegar a sentar-se e sem ter voltado ao encontro.
No sábado, o Expresso noticiou que o secretário-geral dos sociais-democratas não esteve presente em duas sessões plenárias mas validou a sua presença no Parlamento.
Na quarta-feira, em Helsínquia, Rio não quis comentar o caso e remeteu para o que já tinha dito. "As minhas palavras não são como os iogurtes que têm uma validade de trinta dias. As minhas palavras têm uma validade prolongada, só se alteram quando se alteram as circunstâncias", respondeu, mantendo a confiança política no secretário-geral do partido.
Esta manhã, substituiu as figuras de estilo pelas respostas em alemão. Logo à entrada para o segundo dia de Congresso do PPE dirigiu-se à imprensa com um "gutten morgen, dormiram bem?", para dizer em seguida, na língua de Angela Merkel, que hoje não tinha nada para dizer.
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expresso.sapo.pt
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