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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A iluminação dos edifícios históricos


Hoje em dia os “visitantes nocturnos” dos nossos monumentos e centros históricos atingiram um número e importância que até há poucos anos não imaginaríamos. Este facto deve-se em muito ao crescimento de alojamentos locais, hostels e outras unidades turísticas, que aumentaram as pernoitas nas localidades e consequentemente os passeios nocturnos dos hóspedes. A iluminação dos edifícios históricos, embora anterior a este crescimento, apresenta aqui um papel único para o conhecimento do nosso património edificado e realce da monumentalidade de um edifício ou conjunto arquitectónico.
Se estamos de acordo que se evidencie o nosso património à noite, de forma a dar vida aos centros históricos e se possa criar um ambiente mais cénico e interessante através de efeitos ou jogos de luz, é necessário que o trabalho seja feito com qualidade e de modo a reduzir o impacte das instalações eléctricas na envolvente.
A instalação de projectores é tarefa que tem de ser devidamente estudada e calculada de modo a não afectar os edifícios vizinhos e não se tornar esteticamente desagradável. Por vezes tal não acontece e para a dignificação de um elemento patrimonial, um ou mais serão sacrificados, desvirtuando deste modo imóveis e elementos arquitectónicos.
Para ilustrar este tipo de intervenções menos conseguidas o exemplo que me surge é a de um holofote instalado sobre um trabalho decorativo de massa numa platibanda de uma casa próxima da Igreja Matriz de Messines, neste caso um exemplar significativo de arquitectura de inícios do século XX, que possivelmente já poderia ter sido substituído por outra solução.
Este aspecto, tal como outros, por vezes não são tomados em conta, provocando-se desta forma descaracterizações que, se por vezes não são graves ou irreversíveis, noutras situações são irremediáveis.
Os estudos de impacte no património deviam ser mais eficazes e céleres, assim como com os avanços da tecnologia e técnicas todas as alternativas devem ser consideradas de forma a garantir uma intervenção discreta que não seja prejudicial à envolvente dos monumentos e seja mais eficiente do ponto de vista energético.

Texto e Foto: Marco Santos

www.terraruiva.pt

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