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Depois de quase dois meses de investigação e muito mistério, o homicídio de Luís Grilo está mais perto de estar resolvido. A Polícia Judiciária (PJ) deteve, esta quarta-feira, Rosa, a mulher do triatleta encontrado morto em Avis, 39 dias depois de desaparecer, nu e com um saco preto do lixo de cabeça, de braços abertos e “sinais de extrema violência".
Além da mulher, com quem Luís Grilo tinha um filho de 12 anos, também um homem, de quem ainda não se sabe a identidade, foi detido pela mesma força de segurança, no dia de ontem.
Segundo a PJ, Rosa e esse homem “têm uma relação de proximidade”, ao que tudo indica seriam amantes.
Ambos vão ser presentes a um juiz de instrução criminal nas próximas 48 horas, mas sabe-se que à partida isso não acontecerá esta quinta-feira.
Desde que o corpo de Luís Grilo, de 50 anos, foi encontrado que a investigação apontava para um crime passional. Na altura, numa entrevista dada à SIC, Rosa negava qualquer envolvimento na morte do marido.
“Não claro que não.
Nesta altura toda a gente fala tudo, sem fundamento, o que é uma coisa extraordinária. Não há nenhuma pista, não há nada que aponte em direção nenhuma e as pessoas inventam as coisas”, disse, muito calmamente ao canal de Carnaxide, depois de Luís Grilo ser encontrado morto.
Sabe-se agora que, afinal, as palavras de Rosa não passavam de mentiras. Luís Grilo foi morto na própria casa, na localidade de Cachoeiras, no concelho de Vila Franca de Xira, pela mulher, por quem os amigos dizem era muito apaixonado, e pelo amante desta.
Posteriormente, a dupla transportou o corpo para Avis, no distrito de Portalegre, a mais de 130 quilómetros da sua habitação, com o objetivo de se desfazer dele e desviar as atenções.
O cadáver foi encontrado num caminho de terra batida, perto de Alcôrrego, por um popular que fazia uma caminhada pela zona e que alertou, de imediato, a GNR.
De acordo com a SIC, desde essa altura que a PJ tinha fortes indícios do envolvimento da mulher.
Faltava apenas as provas contra o homem, que terão sido encontradas, esta quarta-feira, durante as buscas à casa da família Grilo, em Vila Franca de Xira.
Durante as diligências, Rosa Grilo esteve a prestar declarações.
Acabou por ser constituída arguida pelas 19h00 e detida por suspeitas de homicídio e ocultação de cadáver, tal como o amante.
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