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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Greve na corticeira Pietec contra despedimento de 41 operários


Os trabalhadores da Pietec – Cortiças, no concelho de Santa Maria Feira, vão fazer greve esta quarta-feira, contra o despedimento de que afirmam ser alvo por rejeitarem o regime de laboração contínua.
https://www.abrilabril.pt/sites/default/files/styles/jumbo1200x630/public/assets/img/8225.jpg?itok=LLku2xGj
A greve de amanhã na Pietec, sediada em Fiaes, no concelho de Santa Maria da Feira, e que faz parte do grupo Oneo é convocada pelo Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN/CGTP-IN). A mesma contatá com a presença de Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP-IN, numa concentração às 8h.
Em causa está o anúncio da entidade patronal de um despedimento colectivo de 41 trabalhadores, por alegada extinção do posto de trabalho, e que já dispensou temporariamente cerca de metade dos operários de prestar serviços na empresa.
Segundo o SOCN, ao longo de dois anos houve tentativas da Piatec de impôr o regime de laboração continua (cinco turnos rotativos) aos trabalhadores, «sob ameaças». Porém, «sempre sem sucesso face à firme resposta dada por todos», que justificam a recusa com os horários de trabalhos acordados nos respectivos contratos.
Para impor a sua vontade, o sindicato refere que a empresa procura agora, «a todo o custo e a qualquer preço», coagir os trabalhadores com o despedimento a aceitar ou então «arrumar» aqueles que não cedam, justificando a dispensa com a alteração da produção.
Em comunicado, o sindicato afirma que «a estratégia da empresa é mais tarde voltar a contratar outros 41 ou mais trabalhadores» com contratos em regime de laboração continua. Este salienta que, em reunião,  a administração afirmou estar disposta a reintegrar esse trabalhadores, caso aceitassem as alterações e assinassem um «documento de concordância em passarem a trabalhar em regime de laboração contínua».
O SOCN relembra que a empresa está contemplada com o estatuto de Projecto de Interesse Nacional (PIN), negociado com o Governo, tendo esta se comprometido a aumentar os postos de trabalho, ao invés de os reduzir.



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