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sábado, 29 de setembro de 2018

Caricaturas e mais Brasil, disciplina e outras tantas coisas... _ Luis Piçarra in facebpook




Luis Piçarra in facebook

Caricaturas e mais Brasil, disciplina e outras tantas coisas...
Apologista da disciplina como o elemento mais sólido da unidade seja de que tipo de organização ou estrutura com determinado objectivo, continuo a pensar que AC tinha (tem) toda a razão: cumprir o que legitimamente é decidido e é para todos. Mas dar combate sério à ilegitimidade que decidiu contra a natureza e objectivos dessa organização ou estrutura. A isso, chama-se usar o espírito crítico, coisa que está nos antípodas do "criticismo".
Dizia Lenine na sequência do II Congresso do POSDR e a criação da tendência Bolchevique como elemento determinante para a constituição do Partido de Novo Tipo, que a seriedade do Partido, revela-se na capacidade de assumir os seus erros e expô-los com clareza aos trabalhadores e às massas, corrigindo-os. Coisa que os Mencheviques, pela sua natureza e objectivos não estavam em condições de o fazer. A bandalheira e a falta de coerência e clareza, era a imagem de marca dos que se propunham não esmagar e derrotar o capitalismo, mas domesticá-lo. Assim do género bernestiniano de o movimento é tudo, o objectivo nada.
As caricaturas e os "caricaturistas"...
Pode-se dizer que (re)abriu a época. Os "caricaturistas" de vários matizes "andem aí...". Eles, unem-se e articulam entre si, com cores diferentes, a tarefa de manter tudo na mesma, ou no mais do mesmo.
O "caricaturista" não tem a função de questionar ou de se questionar. A sua única função, seja oficial ou oficiosa, é o de "caricaturar". O "caricaturista" presta um serviço e está de serviço e sempre pronto para truncar e "caricaturar".
A sua tarefa, a de "caricaturista", não é de se questionar, mas a tarefa de efabular. Ele tem a capacidade de tapar o sol com uma peneira. É estritamente funcional a sua arte de "caricaturar", omitindo o objectivo, o óbvio para que zelozamente cumpra tão nobre tarefa. O "caricaturista" no seu afã, contrapõe com bonomia as virtudes do regime, porque "não estão reunidas as condições", porque isto tem de ir "passo a passo", que a "história não se repete". Outros "caricaturistas" vão mais longe, quando no alto dos seus pedrestais afirmam urbi et orbi, que "o tempo das revoluções já lá vai".
Mas sempre "caricaturando" e truncando, em oposição a um "radicalismo inconsequente" que anda p´ráí a defender o indefensável nos dias que correm, com a reclamação insane de "revolução já", Socialismo ao virar da esquina", "todo o poder aos trabalhadores", "socialismo amanhã" e coisas quejandas que só deixam ficar mal o nosso regime de virtuosa democracia burguesa parlamentar. O "caricaturista" responde com sentido de Estado, credível, moderno e dentro da Lei, claro!
O "caricaturista" na prestação do seu serviço, socorre-se dos clássicos. Sim, porque ele sabe folhea-los. A retalho como é óbvio, e da forma que mais jeito lhe dá, para zurzir a "esquerdalhada". Numa mestria inatacavel, o produto da sua criação de alto coturno intelectual.defende não só a possibilidade de um capitalismo mais humanizado no regime e com o seu Estado. O "caricaturista" não se preocupa com os estados a que chegámos. Ele, o "caricaturist" é credível e tem enorme sentido de Estado, do Estado dos que dominam e mandam. Ele é institucional.
O "caricaturista" no seu afã criativo, quando não sabe, inventa e repete. Porque repetir, é a melhor garantia de êxito da "caricatura", de forma a que faça escola. O "caricaturista" não está sózinho, mas vive em comunhão de interesses. Ele sabe fazer as pontes com todos os que têm sentido de Estado. Uns e outros. Os que alimentam as impossibilidades e os outros que querem "um possível", mas que é coisa longínqua.
O "caricaturista", não consegue ocultar a sua concepção do mundo e da vida, feita de espinha serpenteante, incoerente, cagarolas e cobardolas, própria da classe e da ideologia pequeno-burguesa. O "caricaturista" é um instrumento e ele sabe que o é. Mas como não tem espinha, também não se importa. A carreira é tudo.
O "caricaturista" é divertido e hilariante produto da sua ignorância e insensatez. O "caricaturista" é um grunho que exibe a sua própria voz. Mas fazem falta, porque fazem rir e trazem boa-disposição...
Nota muito importante: Claro que não me refiro aos Caricaturistas que fazem da caricatura uma forma de arte e expressão plástica. Falo dos outros "caricaturistas" especializados em etiquetagem, que mesmo assim, não chegam aos calcanhares de "Mr. Bean" quando com algumas "pinceladas" a preceito, caricaturou um quadro de um pintor célebre... Noutro filme que eu já tinha visto...

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