Autoridades finlandesas receberam mandado europeu de detenção, mas não conseguiram localizar o líder independentista catalão.
Carles Puigdemont (à direita, com os anfitriões finlandeses) está em paradeiro desconhecido
O líder independentista catalão Carles Puigdemont deixou discretamente a Finlândia na sexta-feira à noite para evitar ser detido a pedido da Justiça espanhola, que na sexta-feira reativou o mandado europeu de detenção de que é alvo. Puigdemont, que estava em Helsínquia para dois dias de debates e colóquios no âmbito da sua estratégia para "internacionalizar" o conflito catalão, tinha dito na sexta-feira que estava disponível para ser ouvido pelas autoridades finlandesas e o seu advogado chegou a dizer que tencionava entregar-se sábado à polícia na capital finlandesa, mas tal não chegou a acontecer. Mikko Kärnä, o deputado finlandês que convidou Puigdemont, disse no sábado à tarde ter sido informado de que Puigdemont deixou o país ainda na sexta-feira à noite "por meios desconhecidos".
As autoridades finlandesas, que confirmaram ter recebido o pedido de extradição na sexta-feira à noite, avançaram não ter registo da passagem do líder catalão pelos portos ou aeroportos do país e adiantaram que ele estava a ser procurado "de forma ativa" desde o final da manhã de sábado.
Puigdemont poderá estar a tentar regressar à Bélgica, onde o crime de sedição pelo qual é acusado não é reconhecido, ao contrário da Finlândia, o que poderá dificultar a sua extradição para Espanha. Torrent cancela investidura de Turull
O presidente do Parlamento catalão, Roger Torrent, cancelou este sábado a segunda sessão de investidura de Jordi Turull na sequência da detenção do candidato, que na sexta-feira foi colocado em prisão preventiva juntamente com outros quatro dirigentes independentistas.
Torrent substituiu simbolicamente a sessão por um debate, que ficou marcado pelos fortes ataques separatistas ao Estado espanhol e à Justiça. "Prender pessoas pelas suas ideias políticas é acabar com a liberdade", acusou Torrent.
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