O conservador John Bolton acredita na eficácia de uma guerra: “É perfeitamente legítimo os EUA responderem à atual necessidade colocada pelas armas nucleares norte-coreanas atacando primeiro".
Desde que Donalde Trump chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, que o conselheiro para a segurança nacional dos Estados Unidos tem mudado com relativa regularidade, lembrando o “jogo das cadeiras”. O terceiro conselheiro é John Bolton, um conservador, de 69 de idade, que defende uma posição dura – até belicista – face à Coreia do Norte e Irão.
Bolton, antigo embaixador dos EUA na ONU, na era de George W. Bush, sucede ao general H.R. McMaster, que por sua vez já tinha substituído Michael Flynn depois de apenas um mês no cargo.
A nomeação de John Bolton foi anunciada na quinta-feira, 22, por Trump via Twitter e poderá causar algum desconforto em vésperas de uma cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.
John Bolton opõe-se ao acordo sobre o acordo nuclear iraniano e já sugeriu atacar Teerão. Em fevereiro, num artigo de opinião no “The Wall Street Journal”, chegou a garantir que “é perfeitamente legítimo os EUA responderem à atual necessidade colocada pelas armas nucleares norte-coreanas atacando primeiro”.
Em 2015, no mesmo jornal, antes da assinatura do acordo nuclear pela administração de Barack Obama com o Irão, defendeu que só uma intervenção militar seria capaz de travar as ambições nucleares de Teerão. Um ataque que, para Bolton, deveria ser perpetrado pelo aliado Israel. Tudo para “incentivar uma mudança de regime”.
Apesar de todas as criticas que os EUA já sofreram pela intervenção no Iraque, no inicio dos anos 2000, John Bolton é conhecido por ter apoiado o derrube do regime de Saddam Hussein.
John Bolton junta-se agora a Mike Pompeo, o ex-diretor da CIA e novo responsável pela diplomacia norte-americana. Ambos partilham a opinião sobre o Irão e defendem uma linha dura na relação com a Rússia. Bolton considerou a alegada ingerência russa nas presidenciais de 2016 como “um verdadeiro ato de guerra”.
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