RACISTA E PROVOCADORA
O nome da directora da Casa Fernando Pessoa, Clara Riso, ficará manchado para sempre (para sempre) depois da sua repugnante provocação racista perante um poeta cabo-verdeano.
Ao poeta africano José Luís Tavares, deu-lhe para ser admirador do grande Pessoa. É seu tradutor, é um seu estudioso, é autor de trabalhos pessoanos. Tem, enfim, dedicado grande parte da sua vida intelectual (mais a sua indispensável sensibilidade) ao estudo e divulgação da obra do enorme vulto da cultura lusíada. E europeia. E mundial.
No dia mundial da Poesia (22/3) ao dirigir-se, atrasado, à Casa do poeta, onde se ia fazer a leitura de “Tabacaria” e em que ele próprio é o seu tradutor para cabo-verdiano, em 2005, foi-lhe vedada a entrada por um vigilante, por ter recebido ordens da clarinha do riso, que não entraria mais ninguém…por razões de segurança. O poeta africano bem explicou à “barbie” formada em gestão a sua grande afinidade com FP e mesmo a importância (digo-o eu) que o liga ao poeta português.
- Que não e que não. Não podia mesmo entrar…a segurança e tal, o «cavalheiro» está a ver. É mesmo impossível, queira desculpar.
JLT deu meia volta, entristecido e considerando mal o exagero criterioso das razões securitárias da betinha.
De soslaio, a poucos metros do local, o poeta nota que duas mulheres se encaminham para a porta e que rapidamente desaparecem no seu interior. Terá sorrido dolorosamente que esta cena se passasse na cidade mais “in” de toda a Europa, senão mesmo do mundo, no dizer imbecil de “lálás” tão louras quanto a badalhoca da clarinha.
Foi no dia mundial da Poesia. Aconteceu na Casa Fernando Pessoa. Há dois dias.
Sem comentários:
Enviar um comentário