Leonor Beleza, Graça Carvalho,
Roberto Carneiro, Maria de Belém
Paulo Pitta e Cunha são alguns dos nomes que integram
os órgãos da instituição ex-ministros, banqueiros, académicos,
consultores de comunicação.
Os órgãos sociais da Raríssimas – Associação Nacional
de Deficiências Mentais e Raras, especialmente os não
executivos, são dominados por grandes figuras das últimas
décadas do regime português, quase todas pertencentes
(ou próximas) do chamado "centrão" político.
O chairman do BPI, Fernando Ulrich, também faz parte daquele órgão, tal como o consultor de comunicação António Cunha Vaz, o professor universitário Pedro Pita Barros, o antigo administrador da Agência Europeia do Medicamento, ex-director executivo da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA) e actual vice-presidente do Infarmed Rui Santos Ivo, a ex-presidente da Fundação Calouste Gulbenkian Isabel Mota, ou o advogado Francisco Sá Carneiro.
Sendo um órgão que actua junto da Direcção, de acordo com os estatutos da Raríssimas, o Conselho Consultivo é composto por "pessoas de reputada competência, com actuação nos diversos sectores da sociedade" e cabe-lhe emitir pareceres sobre os projectos e actividades da instituição, sempre que a Direcção o solicite, e ainda fazer recomendações sobre acções promovidas ou apoiadas pela Raríssimas.
No entanto, as caras conhecidas não ficam por aí. O Conselho Fiscal, órgão que tem por missão examinar as contas, é liderado por António da Trindade Nunes, presidente do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, ao passo que Paulo Pitta e Cunha, professor catedrático especialista em várias áreas do direito e ex-deputado do PSD, preside à Assembleia Geral, à qual compete aprovar ou chumbar os orçamentos da instituição, assim como os relatórios de contas anuais.
Recorde-se que o jornal Público tinha noticiado esta segunda-feira que o actual ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, tinha desempenhado a função de vice-presidente da Assembleia Geral entre 2013 e 2015, ano em que foi chamado por António Costa para desempenhar funções governamentais.
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