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domingo, 10 de dezembro de 2017

Diamantes de Conflito




O diamante é o mais resistente material de ocorrência natural que se conhece, com uma dureza de 10 (valor máximo da escala de Mohs). Isto significa que não pode ser riscado por nenhum outro mineral ou substância que possua uma dureza inferior a 10.
A densidade é de 3,48. O seu brilho adamantino é derivado ao elevado índice de refracção. Todos os minerais com índice de refracção maior ou igual a 1,9 possuem este brilho, o diamante tem um índice de refracção de 2,42.
O seu valor é definido por quilates, corte e brilho.

Diamantes de Conflito

Os diamantes de conflito são pedras brutas garimpadas em regiões dominadas por guerrilhas. Extraídos à base de trabalho escravo, são entregues por meio de subterfúgios aos classificadores de Londres ou Antuérpia e então despejados no comércio regular em todo o mundo. Protestar não é a palavra chave para estes escravos e quem o fizer acaba morto, ou sofre a ameaça de ter um membro amputado. Estes diamantes são vendidos com o objectivo de arrecadar dinheiro para grupos terroristas ou paramilitares rebeldes onde o seu único desejo é alimentar guerras civis. A maior parte dos diamantes de regiões em conflito vem de Angola, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Libéria e Serra Leoa. Se não formos cautelosos ao comprar, podemos adquirir uma dessas pedras. Estima-se que 3,7 milhões de pessoas morreram devido ao conflito causado pelos diamantes em Angola, na República Democrática do Congo (RDC), na Libéria e na Serra Leoa.
Enquanto que a guerra em Angola e na Serra Leoa terminaram e as lutas na RDC diminuíram, no entanto o problema do conflito dos diamantes ainda não acabou. Apesar de existir um esquema de certificação de diamantes internacional, chamado Processo de Kimberley, que foi lançado em 2003, o conflito dos diamantes da Costa do Marfim encontrou um novo caminho através do Gana para o mercado internacional dos diamantes. Como mostra o conflito na Serra Leoa, mesmo um pequeno número de diamantes pode originar uma enorme devastação num país. Entre 1991 e 2002 mais de 50.000 pessoas foram mortas, mais de 2 milhões deslocadas do país ou feitas refugiadas e milhares foram mutiladas, violadas e torturadas. Hoje, o país está a recuperar das consequências dos conflitos.
Os diamantes de zonas de conflito não são a única controvérsia que macula a imagem do comércio da pedra: questões de direitos humanos e dos animais também são frequentes na Índia bem como em certos países da África. Nos países africanos, as mineradoras usam crianças para garimpar espaços subterrâneos apertados nos quais adultos não cabem, ainda que o trabalho infantil seja ilegal. As cidades mineiras desses países africanos também sofrem incidência ampliada de homicídio e HIV, como resultado de invasões e do comércio sexual. Na Índia, que responde pela lapidação de 92% dos menores diamantes mundiais, crianças cuidam das menores pedras, porque têm vista melhor e dedos menores, mais apropriados para dar forma às minúsculas facetas. Desgaste severo da visão, lesões por movimentos repetitivos e infecções pulmonares causadas pela aspiração de diamantes são apenas alguns dos problemas que afligem esses trabalhadores.



Vítima de conflito em áreas de exploração de diamantes.


fredericonunes-pap.blogspot.pt

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