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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ministra do Mar em visita à China para vender portos portugueses


A expansão do terminal XXI, de contentores, em Sines, é um dos projetos que procura investidores e financiadores

Ana Paula Vitorino leva comitiva empresarial a Pequim e a Xangai para encontrar investidores chineses para os grandes projetos portuários nacionais. Na bagagem, leva um plano de investimentos que pode chegar aos 2,5 mil milhões de euros

A ministra do Mar iniciou esta segunda-feira, em Pequim (ainda madrugada, em Lisboa), o primeiro ‘roadshow’ internacional para vender os grandes projetos portuários portugueses. Acompanhada por uma comitiva de 40 empresas nacionais, que representam diversos sectores da economia do mar, Ana Paula Vitorino está de visita a várias cidades da China (Pequim, Xangai e Xiamen) para apresentar as oportunidades de investimento a investidores chineses.
“O mar sempre desempenhou o papel de principal elo de ligação de comunidades e na ligação entre os dois países. Por isso, temos de continuar a trabalhar juntos, em parceria, para mantermos a liderança da economia do mar”, afirmou Ana Paula Vitorino, no início do seminário “A Parceria Azul entre Portugal e China e a Rota Marítima da Seda do século XXI”, promovido pela Embaixada de Portugal em Pequim, perante a presença do seu homólogo chinês, Wang Hong, responsável pelo Departamento Oceânico do Estado chinês.
“Quer Portugal, quer a República Popular da China, colocaram o desenvolvimento da economia do mar no topo das suas prioridades. A procura de ‘avenidas’ de cooperação é fundamental”, acrescentou a governante portuguesa, para criar afinidades e atrair a atenção das 30 empresas chinesas presentes no evento, promovido pelo Governo português e pela Administração dos Portos de Portugal. Haverá outro certame semelhante, em Xangai, na próxima quinta-feira.
Na bagagem, a ministra leva um plano de investimentos no sector portuário para mostrar e que inclui, entre outros, a construção do terminal Vasco da Gama e a expansão do terminal XXI, ambos em Sines; o novo terminal de Leixões ou o projeto do terminal de contentores do Barreiro. Um plano que implicará um investimento de 2,5 mil milhões de euros e que será suportado, em grande parte (cerca de 83%), por investidores privados. Daí o lançamento destas visitas internacionais, em busca de potenciais interessados. Esta visita à China surge depois das viagens ao Canadá e a Malta, onde também os portos foram apresentados. No próximo ano, segue-se a Índia.
O responsável pela pasta dos assuntos marítimos chinês demonstrou, neste primeiro encontro, abertura pelo “aprofundamento das relações”entre os dois países, sublinhando a aposta do governo chinês no lançamento de grandes projectos marítimos, em parceria com outros países – através da revitalização da célebre “roda da seda”, num mega projeto que prevê a construção de infraestruturas em mais de 60 países e que pretende colocar a China no centro das trocas comerciais mundiais e, definitivamente, no primeiro plano da diplomacia mundial.
O objetivo do governo português é aproveitar esta grande onda de projetos internacionais com o selo da China e conseguir manter o fluxo de investimento chinês que, nos últimos anos, tem entrado em Portugal.
Estes seminários, que colocam lado a lado empresas portuguesas e chineses, são o ponto alto da visita de Ana Paula Vitorino ao Império do Meio, num programa que conta com várias visitas oficiais a organismos como o congénere chinês do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, assim como a estruturas portuárias como o porto de águas profundas de Yanghan, um dos maiores do mundo. Nos seminários, os responsáveis por diversos portos (como Sines, Leixões, Lisboa e Setúbal) apresentam as respectivas infraestruturas e os projetos de expansão e/ou construção que estão em marcha.
Este ‘roadshow’ internacional pretende divulgar ainda “outras oportunidades de investimento”, como frisou Ana Paula Vitorino, em áreas como as energias renováveis oceânicas, a construção naval, a biotecnologia azul ou a bio prospeção marinha.
Na comitiva empresarial que estará até sexta-feira a acompanhar a ministra, encontram-se representantes de empresas de diversos sectores, incluindo operadores portuários como a ETE, as construtoras Mota-Engil e Teixeira Duarte, operadores logísticos como a Transitex, estaleiros de reparação naval como o de Peniche, e companhias de engenharia como a ASM Industries. Não falta também a EDP e a sua unidade de negócios de energia oceânica (a HydroGlobal) ou a Wavec OffShore Renewables. Outras áreas mais tradicionais, como a aquacultura e a indústria da transformação de pescado também estão representadas, respectivamente, através de empresas como a Vifoz e a Gelpeixe.

* O Expresso viaja a convite da Associação dos Portos de Portugal


expresso.sapo.pt

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