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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

A MARCHA DA HISTÓRIA




Com a Catalunha por fundo, eram esperadas as mais conflituantes afirmações, fruto de observações plurais, sim, mas esmagadoramente de uma ignorância à prova de bala, com especial destaque nas televisões, onde parece sofrível (pensada) a opinião do historiador Jaime Nogueira Pinto, politicamente de extrema-direita.
Sobre a arruaça política da ilegitimidade constitucional da Catalunha impor a sua independência não valerá a pena, aqui, desmontar o reaccionarismo do argumento, mesmo que venham, até, de algumas vozes de esquerda constipada.
A semelhança mental de Rajoy (e de Aznar) com Franco, sendo óbvia, é mal aceite no interior do seu território porque as feridas continuam em chaga viva (mais o horror). No exterior também se recusa essa imagem feroz e medieval do governante por acalmia das próprias consciências.
Desde a morte saudável de Franco, que deixou em edital a sua sucessão ao rei “campeão democrata”, nada havia ofendido tanto a memória histórica dos anos de chumbo como a escolha de Tarragona, na Catalunha, para beatificar 522 «mártires da perseguição religiosa do século XX».
Nem Franco o ousou, Rajoy SIM!
Mesmo que seja mais que conhecido(?) que foi a igreja católica que começou aos tiros de dentro dos conventos e das igrejas, onde foram descobertos arsenais de guerra em várias delas. O governo legítimo da República tinha-se decidido pela Reforma Agrária e a igreja católica era o maior “terrateniente” em todo o território.
Foi na Catalunha que padres inquisitoriais abriram fogo sobre o povo, que vitoriava uma possibilidade, finalmente, de conquista de alguma felicidade. Ripostaram especialmente os anarquistas, uma grande força de esquerda no terreno naquela altura. As tragédias humanas multiplicaram-se.
Pois foi na terra de Lluis Companys, fuzilado por Franco por ter declarado a autonomia da Catalunha, que o boneco franquista Rajoy, escolheu para homenagem unilateral de ramificações nazi-fascistas os que tombaram pela perda dos seus imensos privilégios, apelidando-os de interlocutores com os céus.

Guilherme Antunes in facebook

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