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terça-feira, 31 de outubro de 2017

As torres do silêncio - religiões e práticas chocantes


O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro.
É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. De acordo com historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas fora de seu contexto social. O indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o mal em seu quotitidiano, como pode também ser punido após a morte caso escolha o lado do mal. Os mortos são considerados impuros, então não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves de rapina.

Práticas funerárias
Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver.
Na prática, esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina, em estruturas conhecidas como Torres do silêncio (dakhma).
Após a morte um cão é trazido perante o cadáver, num ritual que se repete cinco vezes por dia. No quarto onde se encontra o cadáver arde uma pira de fogo ou velas durante três dias. Durante este tempo os vivos evitam o consumo de carne.

Os participantes no funeral vestem-se todos de branco, procurando-se evitar o contato direto com o defunto. O cadáver (sem roupa) é então depositado numa torre do silêncio. Depois das aves terem consumido a carne, os ossos são deixados ao sol durante algum tempo para secarem.
Por vários motivos (relacionados por exemplo com a diminuição da população de aves de rapina ou com a ilegalidade desta tradição em alguns países) esta prática tem sido abandonada por zoroastrianos residentes em países ocidentais e até mesmo no Irão e Índia, optando-se pela cremação.
As torres do silêncio

As torres do silêncio são construções de forma circular que têm costumes funerários e símbolos para os adeptos do Zoroastrismo. Eles consideram o corpo de um cadáver impuro e para não violar a sacralidade da terra, se recusam a enterrar ou cremar um corpo.

Em vez disso, colocam o cadáver no topo de um edifício nas montanhas, onde os abutres vêm e comem sua carne, logo após, os ossos ficam em contato com cal, para que possam se desintegrar e posteriormente, os restos, possam ser lançados na água onde o curso continua até o mar, não tocando o solo.

Este antigo costume está desaparecendo. No Irão, a pátria original do zoroastrismo, a última torre do silêncio, Yazd, foi fechada por falta de equipamentos e mão de obra humana para mantê-la.


Agora, se um zoroastriano morre sem deixar oficialmente registado seu desejo de ter seu corpo enviado para que tratem de se livrar do seu cadáver por esse método na Índia, e a família não paga as despesas, haverá um funeral para ele em conformidade com sua fé.
 Por motivos de saúde, nos anos 70 do século passado, foi banido do país os ritos funerários de praticantes do Zoroastrismo

A única torre do silêncio ainda ativa está localizada em Mumbai, mas mesmo na Índia, as comunidades adeptas ao Zoroastrismo têm encontrado dificuldades em continuar com seu ritual funerário tradicional, que é caro e difícil, pelo desaparecimento cada vez mais rápido dos abutres.
Parece que se aproxima o dia em que a torre do silêncio desaparecerá da face da terra e com ela a religião Zoroastriana.


Hoje em dia, a maioria dos zoroastrianos, Parsis (como são conhecidos na Índia) ou membros da Comunidade Zoroastriana do Irão, Paquistão, EUA, UK, Austrália e outros países, são cremados e suas cinzas lançadas no mar.





As fotos abaixo foram tiradas de uma torre do silêncio, localizado na Índia, no final de 1990:

As Torres do silêncio são construções em forma de circulo que possuem usos e simbologias funerárias para os adeptos do Zoroastrismo. Eles consideram o corpo de um cadáver impuro, e para não violar a sacramentalidade da terra, recusam-se a enterrar ou cremar um corpo. Em vez disso, depositam o defunto no alto duma construção nas montanhas, onde os abutres vêm e devoram sua carne, logo após os ossos entram em contato com cal virgem, para que possam se desintegrar e depois disso serem jogados num cursor d’água onde seguem em direção ao mar, não tocando assim o solo.


(Vista aérea de uma antiga torre na periferia de Yazd, Irã, atualmente em desuso. Por motivos de saúde, na década de setenta do século passado, foi proibido no país os ritos fúnebres praticados Zoroastrismo.)

A única Torre do Silêncio ainda em atividade esta localizada em Mumbai, mas mesmo na Índia, as comunidades zoroástricas têm encontrado dificuldades para seguir com seu ritual funerário tradicional, que é dispendioso e dificultado pela desaparição cada vez mais acelerada dos abutres. Teme-se que a Torre do Silêncio um dia suma da face da terra, e com ela a religião zoroastriana.

(Torre do Silêncio em Mumbai, India. Foto tirada em 1880)

Nos dias de hoje, a maioria dos zoroastrianos, sejam eles parsis (como são conhecidos na Índia) ou membros de comunidades zoroástricas do Irão, Paquistão, dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e em outros países, são cremados após morrer e suas cinzas jogadas ao mar.

As fotos abaixo foram tiradas de uma Torre do Silêncio localizada na Índia, no final dos anos 90.



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