António Costa bem tentou ontem dourar a pílula no Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, tecendo rasgados elogios aos soldados da paz e mostrando-se solidário com as dificuldades por que passam.
António Costa bem tentou ontem dourar a pílula no Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, tecendo rasgados elogios aos soldados da paz e mostrando-se solidário com as dificuldades por que passam. Ao mesmo tempo – e sempre com pinças – o primeiro-ministro foi levantando o véu no seu discurso sobre algumas das mudanças que aí vêm. Falou, por exemplo, na profissionalização do corpo de bombeiros e na separação entre a proteção às populações e o combate aos fogos propriamente dito.
Porém, por muito que Costa se esforçasse por agradar à sua plateia, há um facto difícil de iludir. As medidas tomadas pelo governo para fazer face aos incêndios têm de ser, sobretudo, no sentido de melhorar a prevenção. Toda a gente tem a noção de que é aí que a guerra pode ser ganha. E, por uma questão de aritmética simples, quantos mais recursos forem canalizados para a prevenção, menos haverá, em princípio, para o combate. Ou seja, para os bombeiros.
O comandante Jaime Marta Soares, que acaba de ser reeleito presidente da Liga dos Bombeiros com uma maioria esmagadora, já reagiu às declarações do primeiro-ministro com as exigências a que nos tem habituado. “Foi uma mão cheia de nada e outra vazia”, afirmou, deixando bem claro que não vai facilitar a vida ao governo. E ameaçou que, se o executivo não emendar a mão, os bombeiros vão fazer greve.
É natural que Marta Soares, como representante dos bombeiros, defenda os interesses da corporação. O problema é se isso pode tornar-se um obstáculo à resolução do problema gravíssimo dos incêndios. Ontem o presidente da Liga falou de “um sentimento de desconfiança”. Julgo que a desconfiança tende a ser recíproca. Os portugueses também começam a questionar-se se Marta Soares está mais preocupado em acabar com esta tragédia nacional ou com a eventualidade de perder algum do seu poder.
António Costa bem tentou ontem dourar a pílula no Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, tecendo rasgados elogios aos soldados da paz e mostrando-se solidário com as dificuldades por que passam.
António Costa bem tentou ontem dourar a pílula no Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses, tecendo rasgados elogios aos soldados da paz e mostrando-se solidário com as dificuldades por que passam. Ao mesmo tempo – e sempre com pinças – o primeiro-ministro foi levantando o véu no seu discurso sobre algumas das mudanças que aí vêm. Falou, por exemplo, na profissionalização do corpo de bombeiros e na separação entre a proteção às populações e o combate aos fogos propriamente dito.
Porém, por muito que Costa se esforçasse por agradar à sua plateia, há um facto difícil de iludir. As medidas tomadas pelo governo para fazer face aos incêndios têm de ser, sobretudo, no sentido de melhorar a prevenção. Toda a gente tem a noção de que é aí que a guerra pode ser ganha. E, por uma questão de aritmética simples, quantos mais recursos forem canalizados para a prevenção, menos haverá, em princípio, para o combate. Ou seja, para os bombeiros.
O comandante Jaime Marta Soares, que acaba de ser reeleito presidente da Liga dos Bombeiros com uma maioria esmagadora, já reagiu às declarações do primeiro-ministro com as exigências a que nos tem habituado. “Foi uma mão cheia de nada e outra vazia”, afirmou, deixando bem claro que não vai facilitar a vida ao governo. E ameaçou que, se o executivo não emendar a mão, os bombeiros vão fazer greve.
É natural que Marta Soares, como representante dos bombeiros, defenda os interesses da corporação. O problema é se isso pode tornar-se um obstáculo à resolução do problema gravíssimo dos incêndios. Ontem o presidente da Liga falou de “um sentimento de desconfiança”. Julgo que a desconfiança tende a ser recíproca. Os portugueses também começam a questionar-se se Marta Soares está mais preocupado em acabar com esta tragédia nacional ou com a eventualidade de perder algum do seu poder.
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