Francisco Chico da Emilinha
A ZARA é e só uma GATA típica MADE IN PORTUGAL. Tigresa e de S. João.
Terá as suas rotinas enquanto tal, mas é uma privilegiada.
Partilha toda a casa, até vai ter comigo, quando estou no quarto de banho a fazer o que sou ou a tomar banho, mas tem sítio personalizado, onde comer, beber, até onde fazer as necessidades, para não ser grosseiro e dizer, onde cagar e mijar. E eu que esteja atento à coisa para tudo ir mudando/limpando.
Sai de casa (todos os dias) quando me pede, obrigando-me a levantar, acontecendo o mesmo para entrar, não usa a campainha, mas os seus miares são diferentes para cada desejo/ordem seu/sua.
Atravessa a rua e sobe o muro duma quinta, por onde anda como lhe apetece; frequentemente e com um miar diferente avisa-me que trás visitas, que vão desde pássaros, ratos, toupeiras, sardaniscas, até cobras, e cá o moina que se levante para ir fazer-lhe uma festinha, dizer-lhe obrigado e deitar os bichitos ao lixo, depois de me certificar que entregaram a alma ao criador, por actuação da assassina.
Ontem não lhe deu para sair, só reparei já a meio da tarde, fui ter com ela, perguntei-lhe o que se passava, respondeu-me com um miar que era diferente, baixinho indiciando talvez dor, ou um : - Vai chatear o caralho!
Abaixei-me, ajoelhei-me, acabei por me deitar no chão e então verificar que a gaja estava com sinais visíveis de uma luta (penso eu) entre iguais, tendo como resultado uns rasgos/sulcos leves na cabeça, um olho que não abria e a rever uma aguadilha pegajosa.
Lá foi o gajo procurar soro fisiológico, que não havia, ok, substitui por água, betadine, algodão e vai de tratar da gaja.
Misturei o betadine com água, limpei-lhe o que ela deixou, sempre com o cuidadinho inerente ás lesões estarem perto do OLHO, ou até e também nele.
Fui dando por ela que comeu e bebeu, pela noite lá veio ela para o colinho, onde eu tinha a meu lado um bocado de algodão e ia-lhe limpando o corrimento do OLHO, não gostava muito, mas deixava-se ficar. A certa altura lembrei-me das minhas feridas em catraio em que a cura se fazia com teia de aranha e mesmo cinza de cigarro, teias não vi, mas que levou com cinza do cigarro, apostem que ganham.
Hoje pareceu-me que estava mais confortável, e lá veio o miar do querer ir lá para fora, levanta-te chico… FOI ! Mas não demorou muito a regressar, levanta-te chico.
Há bocadito senti a falta dela, ora estando a janela fechada, fui procurá-la; estava aninhada na minha cama, mais umas festinhas uns rosn rons e deixei-a em paz.
Admira-me ESTES CARALHOS terem uma capacidade de sofrimento forte, certamente uma admirável regeneração das feridas, quando a coisa não lhes corre lá muito bem, desandam e vão morrer longe de quem deles gosta.
Não me venham cá com as merdas do veterinário e essas coisinhas a ZARA é uma gaja especial, auto-cura-se e medicamenta-se com ervas e outras merdas que ela lá sabe e eu não.
ESTA MERDA DE UM GAJO SER ANIMAL DE ESTIMAÇÃO DE UMA GATA - - - É FODIDO.
Olha, olha, está aqui a miar-me outra vez, OK OK OK OK levanta-te chico e abre-lhe a janela, e lá foi ela.
Tal como diziam os antigos, ás tantas andar com as FERIDAS AO TEMPO também a cura.
VEREMOS.
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