Mantendo a mesma sigla, as antigas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia passam agora a designar-se como Força Alternativa Revolucionária da Colômbia, partido que irá concorrer nas eleições gerais previstas para o próximo ano.
No entanto, como explica o analista Ariel Avila, o processo de paz ainda não terminou.
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“Se um guerrilheiro for eleito congressista e após um ano, em 2019, for condenado, ele poderá continuar a fazer política desde que diga a verdade, peça perdão, faça reparações e dê garantias de que não voltará à vida armada”, segundo o diretor da Fundação para Paz e Reconciliação.
Apesar de reinar a paz desde a assinatura do acordo de paz em 2016 e a conclusão do processo de entrega das armas em junho passado, registou-se um aumento de 31% nos assassinatos de líderes comunitários, entre eles alguns relacionados com as FARC.
Segundo Ariel Avila, “a Colômbia tem um grande problema. Há conflitos de terras, de verdade e de política. Existem elites regionais que beneficiaram com este conflito e que estão preparadas para matar a fim de manter o status quo. É por isso que há gente que não quer o processo de paz”.
Desde 23 de abril que familiares de guerrilheiros e combatentes têm sido mortos. As FARC reclamam proteção.
“Pensamos e reivindicamos que se o governo está verdadeiramente empenhado na paz, um dos objetivos principais seria começar a desmantelar o sistema paramilitar neste país”, adianta Fredy Pastor, antigo guerrilheiro.
Apesar dos desafios, muitos antigos combatentes estão otimistas relativamente ao futuro.
Começa agora a etapa mais difícil para o novo partido FARC. Trata-se de vender as ideias revolucionárias em formato de partido político após 53 anos de conflito. O discurso terá que mudar embora os ideiais revolucionários se mantenham intactos.
Bogotá, Héctor Estepa, para Euronews”
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