O Canadá é sempre apresentado à comunidade internacional com um próspero país, onde toda a gente vive bem, onde a “felicidade” se aproxima do mirífico caudal de mel, correndo pela luz excelsa do capitalismo.
MENTIRA! Importaria saber a quem servem essas iluminadas avenidas da sumptuosa produtividade dos que tudo constroem. Seria interessante ter-se o conhecimento das leis que protegem os direitos humanos canadenses, desde logo no sector determinante da abastança de uns; o trabalho.
O ditador do regime do Quebec, preocupado com as quebras de produtividade dos trabalhadores e com as suas insuportáveis exigências (eles que já têm uma vida tão fausta…), decretou a PROIBIÇÃO DA GREVE no seu território.
Diz o macaco fascista que não se pode dar ao luxo de perder (ele?) 45 milhões de dólares por dia. Este ditadorzeco deu um prazo de dias ao mundo do trabalho para chegar a acordo com os patrões. Caso isso não aconteça, ameaçou com a intervenção do governo e na imposição do seu parecer negocial. Para se ter uma pequena ideia da insensata medida, enquanto que os trabalhadores lutam por um aumento de 2,6%, o patronato chega apenas aos 1,9%. Já o patético governante, Philippe Cuillard, oferece só 1,8%.
Vista a farda que vestir, TODOS os regimes políticos da burguesia são autocráticos, repressivos e atentatórios dos interesses da maioria dos povos. Pactuar com doses bonitinhas de “migalha socialista” adormece o cidadão, entorpece (ou pode entorpecer) a consciência de classe do operário. Fá-lo ajoelhar, reverente, a oportunidade, eventual, de não juntar o seu estômago e o dos seus, aos episódios famélicos granjeados nos territórios “libertados do mal” no Iraque e no Afeganistão, na Ucrânia e na ex-Jugoslávia.
A Líbia como a antiga Polónia, a Síria como a cercada Leninegrado, eis TUDO o que a burguesia e o capitalismo tem para oferecer à Humanidade.
Guilherme Antunes (facebook)
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