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quinta-feira, 16 de março de 2017

A LEAL contra a “DESLEAL”!

ass_teresa

Não vai ser nada parecido com um “Kramer contra Kramer”, o célebre filme protagonizado por dois dos melhores actores de sempre, Meryl Streep e Dustin Hoffman, penso que ali dos finais dos setenta, nada disso, vai ser, antes sim, uma acesa disputa entre membros da mesma família política, a direita, pela Câmara de Lisboa. Ou será que já não são da mesma família?
Passo a explicar: eu ontem, naquele programa da RTP3 em que os oradores são o José Eduardo Martins, o Pedro Adão e Silva e aquele do Livre, o Rui Tavares, o José Eduardo perguntado sobre se já havia candidato ou candidata do PSD a Lisboa, disse que vai haver sim senhora e que o programa para a cidade que está a elaborar está em vias de ser apresentado.
Mas como não pode haver programa sem candidato ou candidata, embora até agora o programa não se pudesse dirigir concretamente ao perfil de qualquer candidato ou candidata, ele descaiu-se e penso, tenho a certeza mesmo, que falou de uma candidata feminina!
Ora eu, que não tenho um dedo mindinho com as capacidades daquele do Mendinhos, recorri ao meu faro. Faro sim, não porque seja de Faro, até sou quase do extremo oposto, mas porque nasci ali no sopé do Monte de Faro, em Góios, Marinhas, Esposende, ali a paredes meias com Palmeira do Faro, lá está, e Vila Chã!
Quem ali teve o sortilégio de nascer, nasceu com um faro acrescido e, fazendo uso do mesmo, antes de passar do estado de sentado para o de deitado, passei os olhos pelas capas dos jornais e o que vi? Aquilo que ninguém deve ter visto, ou então não viu como eu. O que foi, perguntarão vocês, que tu viste e mais ninguém viu? É só olhar para uma daquelas notícias de fundo de jornal “I” que diz: “Teresa Leal (esqueceram-se de acrescentar Coelho), diz não à CM de Odivelas a pensar em Lisboa”. E remete depois para as páginas 4 e 5. Eu não me remeti pois já não precisava, nem ia comprar o jornal por causa disso.
Estão a ver, portanto, o que faz ter faro. Associei logo tudo e pensei: este PSD não faz nada por acaso! Para combater uma “desleal”, que melhor escolha que uma Leal? Ainda por cima Coelho! E ainda por cima do por cima com um nome de “santa”, seja ela de Calcutá ou de Ávila!
Que ela é Leal é uma constatação. Mas quem será a “desleal”? É também óbvio que é a Maria de Assunção! Mais que desleal, uma autêntica traidora. Como é que uma Ministra, e Ministra da Agricultura e não sei se também dos Mares, de um governo superiormente dirigido por um ser tão iluminado como outro não teremos, faz o que faz e fez o que fez? Primeiro candidata-se à CM de Lisboa sem avisar sequer o seu ainda “pafiano” parceiro. Depois vem dizer que de Banca nos conselhos de ministros não se lembra de se ter falado, quanto mais no sistema financeiro. E depois, cereja em cima do bolo, que assinou de cruz a resolução do BES a pedido da Maria Luís!
Quer dizer: em plena actividade balnear, entre um mergulho, a mamada da filha mais nova e a preparação da espreguiçadeira, ela despachou um Mail de altíssima responsabilidade. Mas aqui até que não posso ser tão injusto: aqui até demonstrou lealdade. A deslealdade foi a revelação!
Mas, recorrendo novamente ao meu faro, ele cheira-me que não terá sido tão simples assim. Para mim ela primeiro telefonou ao Paulo que lhe terá dito: aguarda só um momento Maria “de”!
Entretanto o Paulo telefona, ou estava mesmo com o Coelho e pergunta-lhe: quantos lugares por esta assinatura? Ligou à Maria “de” e disse-lhe: feito, assina! Esta troca de uma assinatura por vários lugares para os seus nos mais diversos departamentos estatais. Que fique bem claro que isto não fui eu que inventei: foi o antigo ministro da economia, o Álvaro Santos Pereira, que o relatou num livro que escreveu. Verosímil, portanto…
De modos que vai ser bonita a “festa”, pá! A campanha, quero eu dizer. Os debates, direi melhor.
A Maria “de” há muito que marcou o terreno, há muito que anda em campanha prometendo reverter aquilo que tirou no seu consulado e até já reuniu com o Medina para se certificar se eram verdadeiros os boatos que diziam estar a CM de Lisboa de boa saúde financeira. E até disse: pois se assim é poderia e deveria ter feito mais, muito mais. Ela tê-lo-ia feito!
Entrementes a Leal, que vem atrasada e tem muito que recuperar, está confrontada com um dilema: gastaria mais ou pouparia mais? Mas ela vai ler o programa e vai fazer como os jogadores de futebol quando entram a substituir outros: o adjunto do Mister mostra-lhe aquelas folhas todas, com aquelas tácticas todas esquematizadas de modo que eles, quando entram, já sabem o que vão fazer, o lugar que vão ocupar, o espaço em que vão jogar e os círculos que devem vigiar. De modo a não perderem as “segundas” bolas e a ocuparem os espaços entre linhas, como dizem aqueles entendidos todos em futebolez!
Mas, como disse, vai ser bonito! Leal sou eu, dirá a Leal! Católica sou eu, dirá a Maria “de”! Traidora és tu, dirá a Leal! Traidora o “camando”, responderá a Maria “de”! Tu e a tua família trouxeram para aqui a Uber, diz a Leal! E tu andas nela, replica a Maria “de”! Eu tenho uma já longa carreira política, diz a Leal e enumera: já fui administradora da SAD do Benfica no tempo do Vale e Azevedo, já presidi a várias comissões de inquérito, fui contra o Constitucional e até combati os Maçons! E tu, desafiou ela a Maria “de”?
Mas esta não se ficou e retorquiu: eu fui Ministra e, mais que tudo, fui contra o aborto, seu “aborto”. Já agora diz-me: porque andas sempre de cachecol, mesmo no verão? Tens alguma coisa a esconder? Hummm…
O Fernando Medina, mais o João Ferreira, riam-se a bandeiras despregadas e o do Bloco, novato nessas coisas, ainda imberbe, estava amarelo e não acreditava no que ouvia.
E dizia para consigo: coisas de mulheres! Onde eu me vim meter…
Joaquim Vassalo Abreu,





estatuadesal.com


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