Tem a pelagem dourada e o rabo de um Shiba Inu, e seus antepassados instalaram-se na Nova Guiné há mais de 6.000 anos. Desde então sobreviveram tão bem escondidos que já era considerados extintos. Hoje, um grupo de pesquisadores confirmam que o cão mais raro do mundo segue vivo. O cão selvagem das terras altas de Nova Guiné não é um cão qualquer, é uma das poucas espécies selvagens de canídeos que restam no mundo e sua linhagem nunca foi modificada pelo homem.
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A raça mais parecida é uma variante domesticável chamada cão cantor da Nova Guiné. O nome não é casual. Uivam em coro de uma maneira muito característica. Calcula-se que só restam uns 300 cães cantores no mundo. A espécie está em perigo de extinção e seu tráfico está controlado sob estrito controle do governo.
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O parente que encontraram agora é ainda mais raro. Supostamente o cão selvagem das terras altas da Nova Guiné vive em zonas remotas de montanha desta ilha do pacífico, mas faz mais de 50 anos que ninguém presenciou a existência de um exemplar. A última vez que foi fotografado foi em 2012, e a anterior em 2005, mas em nenhum dos dois casos conseguiram confirmar que se tratava desta esquiva espécie.
Isso mudou graças a uma expedição de biólogos da Universidade de Papua. A equipe deslocou-se no contraforte de Puncak Jaya, no monte Carstensz, no final de 2016. Depois de semanas de busca infrutífera, os pesquisadores encontraram uma impressão e decidiram instalar câmeras ocultas. Seus esforços foram recompensados com mais de 100 imagens confirmadas da espécie. Segundo a contagem, trata-se de um grupo de ao menos 15 cães selvagens que nunca tiveram contato com seres humanos.
Faz anos que o governo de Nova Guiné proibiu as atividades de mineração na região, o que criou um pequeno santuário para estes cães. Ali, entre as ruínas de antigas minas, os cães encontraram um lar. As pesquisas continuam, mas o estudo da espécie será de vital importância à hora de entender a evolução de todos os cães.
Fonte: Highland Wild Dogs via Science Alert.
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