E eles, elas, gostam muito da sua terra sómente quando os buracos da estrada não lhes estragam os pneus do pópó, quando há bailarico e se sentam à mesa do casal rico, quando largam um vibrante yehaaaaa! na linguagem que não é de cá, quando tagarelam na mesa do café em gritarias e histerismo de grande cholé.*
Do país, das gentes, a maioria que vive mal, desconhecem, não se importam, vivem à revelia dessas preocupações, elas ajeitam o penteado, eles coçam os colhões.
* cholé=barulho (calão)
António Garrochinho
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