Poderia supor se que Engelbart
Há de se imaginar também que Engelbart deva ter tido fama, dinheiro e reconhecimento instantâneos, na verdade teve sua hora e meia de fama em 9 de dezembro de 1968, quando mostrou estes inventos a 1000 extasiados experientes em computação numa convenção em São Francisco. Dinheiro não ganhou muito, a patente do mouse ficou para o Stanford Research Institute onde trabalhava, e mais tarde a licenciou para a Apple por US$ 40.000 e lhe enviou um cheque de US$ 10.000. Ninguém recorda quem pôs o nome e o porquê. A patente já expirou.
Publicado na PC Magazine, o resumo de como tudo começou, por ele mesmo, impressiona e mostra quem é Engelbart.
- "Eu tinha 25 anos e acabara de pedir a mão à garota que depois viria a ser minha esposa (Ballard, falecida há 8 anos, com que teve 4 filhos e 9 netos). Era uma segunda-feira, estava contente, e enquanto ia trabalhar comecei a perguntar-me como seria minha vida a partir daí. Dei-me conta de que não tinha objetivos profissionais; via minha vida como um corredor pelo que iria avançando, tudo muito lindo e bem claro... mas sem interesse. Comecei a pensar em como podia ajudar à humanidade, que podia fazer com minha profissão de engenheiro eletrônico. Estive meses dando voltas no assunto, pensando qual podia ser minha cruzada. Era um pouco idealista; era um garoto de campo, ainda impressionado pela morte de meu pai durante a Grande Depressão.
Compreendi que qualquer coisa que quisesse fazer a grande escala era sumamente complicado, muito complexo, tinha que pensar em como organizar as coisas, como evitar que provocassem um desastre. Aí soube que o verdadeiro problema estava em que a sociedade é muito complexa, e cada vez é mais e mais complicada. E a capacidade coletiva da gente para defrontar-lhe a esta realidade cada vez mais complexa não cresce, até o ponto que pode chegar um momento em que nos supere completamente, que as instituições que temos não possam enfrentar as mudanças com a velocidade e a capacidade necessárias.
O que precisamos é gerar ferramentas que melhorem essas instituições e que a sua vez possam criar ferramentas mais efetivas. O que queria (e o que sigo procurando) é superar o coeficiente intelectual coletivo, fazer-nos mais capazes."
Fonte: Site do Mouse.
P.S. : Onde há fumaça, há fogo...
Em 1971, o parceiro de Engelbart, o engenheiro Bill English, foi oferecer o invento para a Xerox que acabara de desenvolver um processador de texto. Os diretores da empresa nem aceitaram recebê-lo dizendo que aquela coisa não servia para nada.
http://www.mdig.com.br
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