Albert Schweitzer em Lambarena
"Na medida em que vamos adquirindo mais conhecimento, as
coisas se tornam menos compreensíveis e mais misteriosas."
(Albert Schweitzer)
Fotos de W. Eugene Smith
VÍDEO (EM INLGÊS)
Documentário biográfico completo de 1957 realizado por Jerome Hill e narração do grande actor Burguess Meredith e onde o actor Fredric March faz a voz de Albert Schweitzer. Ganhou o Óscar para melhor Documentário em 1957, foi escrito em parte pelo próprio Albert Schweitzer, e traça a vida dele (com actores), desde o seu nascimento na França até á idade de 30 anos quando ele toma a decisão de ir para Lambarena no Gabão, na África Equatorial Francesa e construir um hospital na selva. A segunda metade do filme abrange um dia inteiro no hospital-vila, seguindo Albert Schweitzer em suas rondas diárias.
Albert Schweitzer descansando na varanda e coordenando
trabalhos em seu hospital em Lambarena no Gabão, 1954.
Albert Schweitzer (14-01-1875 — Lambarena, 04-09-1965) foi um teólogo, músico, filósofo e médico alemão, nascido na Alsácia, então parte do Império Alemão.
Formou-se em teologia e filosofia na Universidade de Estrasburgo, onde, em 1901, o nomearam docente. Tornou-se também um dos melhores intérpretes de Bach e uma autoridade na construção de órgãos.
Aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colónias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.
Albert Schweitzer braço na enfermaria do hospital. / Mulher idosa morrendo de velhice sentada com os olhos fechados numa cama da leprosaria do hospital. / Bebê a ser alimentado no berçário do hospital Albert Schweitzer. Lambarena, Gabão, 1954.
Em 1905, iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambarena, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo.
Com o início da I Grande Guerra, os Schweitzer foram levados para a França, como prisioneiros de guerra. Passaram praticamente todo o período da guerra confinados num campo de concentração. Nesse período, Albert escreve sobre a decadência das civilizações. Com o final da guerra, retoma seus trabalhos e, ante a visão de um mundo desmoronado, declara: “Começaremos novamente. Devemos dirigir nosso olhar para a humanidade”.
Albert Schweitzer, alimentando animais na área do seu hospital. Lambarena, Gabão, 1954.
Realiza uma série de conferências, com o único intuito de colher fundos para reconstruir sua obra na África. Torna-se muito conhecido em todos os círculos intelectuais do continente, porém, a fama não o afasta dos seus projectos e sonhos.
Após sete anos de permanência na Europa, parte novamente para Lambarena. Dessa vez acompanhado de médicos e enfermeiras dispostos a ajudá-lo. O hospital é levantado numa área mais propícia, e com o auxílio de uma equipe de profissionais, Schweitzer pode dedicar algumas horas de seu dia a escrever livros, cuja renda contribuía para manter os pavilhões hospitalares. Extasiou o mundo com sua vida e sua obra, e em 1952, recebe o Prémio Nobel da Paz, como humilde homenagem a um “Grande Homem”. Morreu a 4 de setembro de 1965, em Lambarena, no Gabão. (In, wikipedia.org)
Mulher deitada numa padiola, depois de dar á luz é transportada para a Vila do Albert Schweitzer hospital. / Leprosos tomando os medicamentos no Albert Schweitzer hospital. Lambarena, Gabão, 1954.
Albert Schweitzer com uns sapatos com mais de 30 anos e amarrando suas páginas manuscritas com pedaços de corda em Lambarena, Gabão, 1954.
2009 - Uma homenagem a Albert Schweitzer
VÍDEO
Faixa 2: Sankanda + Lasset uns den nicht zerteilen do CD Lambarena - Bach to Africa. Projecto Lambarena - uma ideia de Mariella Berthéas concretizada pelos músicos Hughes de Courson e Pierre Akendengué.
(fotos W. Eugene Smith e LIFE Archive)
citizengrave.blogspot.pt
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