Israel confisca terras palestinianas na “maior apropriação desde os anos 1980”
Grupo Peace Now acusa primeiro-ministro israelita de criar obstáculos a uma solução de dois estados.
As terras, detidas por palestinianos, foram declaradas “terreno de Estado, de acordo com as instruções do escalão político”. A Rádio Israel disse que a medida foi uma reposta ao rapto e assassínio de três jovens israelitas na Cisjordânia, numa acção provavelmente levada a cabo pelo movimento islamista palestiniano Hamas.
Os colonatos judaicos são ilegais sob a lei internacional, e foi a continuação da sua construção que levou a que a equipa palestiniana se retirasse das negociações de paz promovidas pelo secretário de Estado norte-americano John Kerry. Os palestinianos dizem que a atitude de Israel equivale a negociar a partilha de uma pizza em que metade está a ser comida por uma parte. Quando chegar a partição, já não haverá pizza suficiente disponível. Os colonatos estão a diminuir o território que os palestinianos querem para o seu Estado, e a dividir a parte Norte da Sul, e ainda estas duas de Jerusalém Oriental.
A apropriação deverá servir para criar o colonato de Gevaot, considerado desde 2000, ligando-o ao bloco de Etzion. Actualmente há dez famílias a viver em pré-fabricados perto do local.
“O Peace Now vê esta declaração como prova de que Netanyahu não aspira a um novo horizonte diplomático mas sim continua a criar obstáculos à visão de dois estados e a promover uma solução de um estado”, comentou a organização em comunicado.
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