“Lusalite - Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, S.A.R.L.”, foi fundada em 1933 pela "Corporação Mercantil Portuguesa, Lda." propriedade de Raúl Abecassis. Esta empresa líder na produção de fibrocimento e a sua forte posição no mercado alargou o nome da marca a uma vasta gama de produtos.
Instalações fabris da “Lusalite” na Cruz Quebrada
1934
1935
Vista da “Lusalite” e da praia da Cruz Quebrada
Inicialmente com sede na Rua do Alecrim, esta empresa líder na produção de fibrocimento, teve as suas instalações fabris na Cruz Quebrada, junto da estação da linha de caminhos de ferro Lisboa-Cascais, e do “Estádio Nacional” no Jamor.
A sua principal gama de produtos, fabricados em fibrocimento era a seguinte:
Chapas onduladas e lisas, chaminés, autoclismos, vasos, placas para revestimentos, tubos de fornecimento de água, tubos para água sobre pressão, tubos para esgotos, tanques, depósitos, casas pré-fabricadas, armários, pavimentos, etc.
Casas pré-fabricadas em fibrocimento da “Lusalite” no Bairro da Quinta da Calçada em Telheiras, em 1939
1939
1934 “Lusalite” na Exposição Colonial do Porto em 1934
A “Lusalite” e a “Cimianto” - fundada em Setembro de 1942 - repartiram entre si mais de 75 por cento do mercado de produtos de fibrocimento. Juntaram-se para criar, em 1945, a “Novinco - Novas Indústrias de Materiais de Construção, S.A.”,no Norte em Leça do Balio. Estas três maiores empresas criaram uma associação para a promoção do amianto, hoje em dia banido da indústria.
Em 1952 a “Lusalite”, já possuía uma fábrica no Dondo, perto da Beira, em Moçambique liderada por Jorge Jardim. Este após ter deixado o lugar de Subsecretário de Estado do Comércio e Indústria, nesse ano, tinha aceite o convite endereçado por Raúl Abecassis, para a direcção desta fábrica.
1953 1934
Em 1974, a “Lusalite - Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, S.A.R.L.”, empregava 728 pessoas distribuídas entre a sede social e fábrica na Cruz Quebrada, e nas instalações administrativas em Lisboa. A empresa tinha um capital social de 90.000 contos, dividido em 90.000 acções de 1000$00 cada uma. A família Abecassis possuía 40.009 acções, a própria “Lusalite” 49.862 acções e as restantes dispersas por outros investidores.
1943 1953
Tal como Portugal, os restantes países da União Europeia dependem da importação de amianto. Provocando polémica em torno dos argumentos sanitários e ecológicos, a UE decidiu, neste contexto, proibir a utilização de fibras de amianto a partir de 2004. A decisão levou a Jorge Abecassis - a figura principal da família que, através da “Corporação Mercantil Portuguesa”, detinha a propriedade da “Lusalite” - a fechar a empresa.
Em 2000 é efectuada a venda da marca “Lusalite” à empresa “Novinco - Novas Indústrias de Materiais de Construção, S.A.” ( entretanto encerrada em 2009, insolvente) e é encerrada definitivamente a “Lusalite - Sociedade Portuguesa de Fibrocimento, S.A.R.L.”.
Instalações da “Lusalite” na Cruz Quebrada ao abandono
restosdecoleccao.blogspot.pt
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