Banco de Portugal admite recurso do BES aos fundos da troika
A instituição liderada por Carlos Costa fala pela primeira vez na hipótese do BES vir a necessitar de recorrer à linha de recapitalização do Programa de Assistência Financeira
Ao final da tarde o Expresso Diário garantia que os resultados semestrais do BES, que serão divulgados na próxima quarta-feira, poderão alcançar um resultado histórico: três mil milhões de euros negativos.
Por volta das 22h50 o Banco de Portugal emitiu um comunicado para garantir novamente que "caso venha efectivamente a verificar-se qualquer insuficiência da actual almofada de capital, o interesse demonstrado por diversas entidades em assumirem uma posição de referência no BES indicia que é realizável uma solução privada para reforçar o capital."
Contudo, o regulador introduzir uma novidade no seu discurso ao admitir pela primeira vez que "no limite, se necessário, está disponível a linha de recapitalização pública criada no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira, que poderá ser utilizada para suportar qualquer necessidade de capital de um banco português, no enquadramento legal relevante e em aplicação das regras de ajuda estatal". Isto é, o banco outrora liderado por Ricardo Salgado poderá ser obrigado a recorrer à linha de crédito da troika, tal como aconteceu com outros bancos privados como o BCP e o BPI. Curiosamente, Ricardo Salgado fez ponto de honra em não acompanhar os seus rivais por alegadamente não necessitar da ajuda do Estado.
O Banco de Portugal termina o seu comunicado assegurando novamente aos depositantes do banco da família Espírito Santo que, "em todo o caso, a solvência do BES e a segurança dos fundos confiados ao banco estão asseguradas".
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