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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Doutores aos molhos Toda a gente sabe que Portugal é um país de doutores. A média é próxima de um doutor por habitante. Ser doutor, em Portugal, é um estado de espírito que dispensa diploma, carimbos e secretarias. Dizem por aí que somos um país de poetas... tretas! Somos é um país de doutores.



Como bons doutores que somos cagamos sentenças e diagnósticos com uma facilidade estonteante. É que o doutoramento mais em comum entre os portugueses é o doutoramento em Tudologia. Isto permite a todos e a cada um ter as mais lúcidas e definitivas opiniões sobre o que quer que seja.

Política, ciência, desporto, engenharia, direito, urbanismo são uma pequeníssima amostra de matérias que estão na boca de toda a gente e que toda a gente domina com uma mestria extraordinária. Arte e aeronáutica nem por isso mas estamos a trabalhar para aumentar, também aqui, o número de especialistas.

Por haver tanta gente extraordinária o extraordinário transforma-se em ordinário, perde o "extra". Isso explica porque é que Portugal, um país que os deuses fadaram para os grandes feitos em prol da humanidade, teima em não passar da cepa torta: tanto doutor excelentíssimo transforma o país numa ordinarice.

Precisamos de mais gente simples e boa e dispensamos tanto doutor. Os doutores estão convencidos que o seu estatuto lhes confere direitos especiais (porque são doutores) e o resultado é este: Portugal.

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